Athletico-PR tem prejuízo por veto que deu à cota de TV para rebaixados
O Athletico-PR deixará de ganhar uma cota de premiação do Brasileiro por causa de um veto do próprio clube à remuneração para rebaixados. O prejuízo deve girar em torno de R$ 6 a 7 milhões.
Para explicar o caso, é preciso lembrar como foi negociado o atual contrato da Série A que acaba neste ano. A acordo foi assinado pela maioria dos clubes em 2015 e 2016: passou a ser válido em 2019.
Foi estabelecido uma nova forma de remuneração com fatias igualitária (40%), por exibição de jogos (30%) e por premiação por posição. Só que apenas times das posições de 1º a 16º têm direito a esse valor ganho por colocação.
No início de 2020, o Avaí propôs em uma assembleia de clubes que os rebaixados também tivessem direito a uma fatia dessa cota. A Globo topou. A maioria dos clubes foi a favor da mudança do critério, que implicaria em uma perda pequena para cada um dos outros.
Mas o contrato previa que alguns clubes tivessem a possibilidade de vetar a medida mesmo com maioria. O Athletico-PR assinara um contrato com a Globo em 2019 apenas para TV Aberta após longa disputa com a emissora, e tinha essa possibilidade de veto às regras. Negociou os direitos de pay-per-view com a Live Mode para transmissão em plataforma.
Pois bem, o Athetico-PR foi o único a vetar a mudança que iria favorecer os rebaixados.
Em 2024, a premiação do 16º clube do Brasileiro, último antes do rebaixamento, será de R$ 8,9 milhões.
Pelo critério acertado em 2020, os quatro que caíssem teriam valores pouco menores de patrocínio. Dá para calcular, pelo método da época, que o Athletico-PR, como 17º colocado, ganharia algo em torno de R$ 6 a 7 milhões.
Em compensação, como não houve a mudança, o Botafogo campeão por exemplo ganhou R$ 3 milhões a mais do que levaria nas condições alteradas.
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