Rodrigo Mattos

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ReportagemEsporte

Com Bap, Flamengo vai rever plano de estádio e deve prolongar construção

O projeto do estádio do Flamengo tem uma previsão de ser construído até 2029. Era a estimativa da atual diretoria de Rodolfo Landim e do compromisso feito com a prefeitura do Rio de Janeiro. Mas isso vai mudar com a nova gestão rubro-negra.

Empossado nesta terça-feira, o futuro presidente do clube, Luiz Eduardo Baptista, admite que pode prolongar esse período de construção e de inauguração para não comprometer as finanças do clube. O assunto já vinha sendo discutido durante a campanha dentro do grupo que vai compor a nova diretoria.

"Nós não vamos endividar o clube a pontos que em algum momento, ao longo dessa trajetória, a gente tem que virar SAF. Não vamos fazer isso. Então, vamos buscar o dinheiro dentro de casa, tem que aumentar o faturamento, aumentar a margem operacional e isso aí deve trazer um dinheiro adicional. É importante se isso acontecer em quatro anos. Se acontecer em cinco, vamos fazer em cinco. Se for em seis, nós vamos fazer em seis mas não vamos nem comprometer".

O dirigente ressaltou que não pretende nem aumentar o endividamento em níveis que não são saudáveis, nem comprometer o desempenho esportivo. Lembrou que o Flamengo tem que ter R$ 220 milhões de caixa todo ano para investimento no futebol para manter o desempenho esportivo. Não abrirá mão disso.

Dentro do novo Conselho do Flamengo há um consenso de que o plano do estádio terá de ser refeito - já há um orçamento feito pela gestão Landim. Na visão de membros da cúpula, não há um projeto real com viabilidade do estádio, e sim um debate influenciado pela eleição.

A ideia macro, já exposta durante a campanha, é gerar uma receita adicional no Flamengo para bancar o estádio, não usar as rendas futuras da arena. Já a administração de Landim justamente via como forma de financiamento a antecipação de receitas do estádio, como naming rights, para bancar a construção.

A questão agora é se é possível e quando o Flamengo vai aumentar sua receita a ponto de ter caixa adicional para o estádio. No plano inicial, o pico dos investimentos ocorreria nos anos de 2027 a 2029. Ali, haveria um gasto de R$ 1,5 bilhão no estádio.

Dentro do grupo de Bap, admite-se uma negociação com a prefeitura do Rio para esticar os prazos da conclusão do projeto, previsto para quatro e meio. Fala-se como um financiamento para a casa, que tem de atender a receita do dono.

"Então na sua pergunta, nós vamos construir estádio, sim, no ritmo em que geração de caixa e de resultados do Clube de Regatas do Flamengo não prejudiquem a performance esportiva do clube", concluiu Bap.

Reportagem

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