Mercado indica que pedida de Textor por Luiz Henrique é alta demais
A saída de Luiz Henrique do Botafogo parece sacramentada pela decisão do jogador, que tem a prerrogativa de escolher o momento de ir para a Europa. John Textor, dono do clube e da Eagle Holdings, quer vende-lo em vez de manda-lo ao Lyon, segundo múltiplas reportagens.
A decisão faz total sentido já que Textor tem um buraco nas contas do Lyon para cobrir. O clube tem uma dívida de 500 milhões de euros e está ameaçado de rebaixamento pelo órgão regulador francês por descumprir normas financeiras.
O plano econômico da Eagle é vender 75 milhões de euros em jogador nesta janela de transferência para ajudar a cobrir esse rombo, entre outras medidas.
A questão é a expectativa e realidade em relação aos valores a serem obtidos por Luiz Henrique. O Globo Esporte publicou que a pretensão do Botafogo é arrecadar 60 milhões de euros.
Esse é o valor da maior transação de jogador do Brasil e incluindo bônus. O Palmeiras vendeu Estêvão por 45 milhões de euros fixos, e outros 16 milhões de euros em bônus.
Estêvão tinha 17 anos na data da operação. Era a mesma idade de Vinicius Jr, Rodrygo e Endrick quando suas negociações atingiram um patamar de 45 milhões de euros.
Não há nenhum caso de jogador acima dos 20 anos que tenha sido negociado do Brasil por mais de 30 milhões de euros. É uma conta simples: paga-se mais pelo potencial e por mais anos a explorar do contrato do jogador.
Luiz Henrique teve uma temporada excepcional, mas já atingiu 24 anos. E há uma desvalorização natural de jogadores que batem e voltam na Europa como foi o caso dele com o Real Bétis. Caso vá ao Lyon e se prove lá, aí sim seu valor poderia escalar.
Para complicar, Luiz Henrique é suspeito de levar cartão amarelo forçado em jogo na Europa, em caso que é alvo de investigação da Premier League sobre Paquetá.
Com esse cenário, nada indica pelos dados de mercado que sua venda, caso se concretize, vai igualar a de Estêvão. De qualquer maneira, o valor arrecadado vai para a holding Eagle, pois Textor já informou que opera com um caixa único com seus clubes.
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