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02/05/2010 - 09h02

Inter se diz o mais adiantado nas obras para 2014, critica burocracia e pressão da CBF

Jeremias Wernek
Em Porto Alegre
  • Presidente do Inter aguarda isenção fiscal para iniciar obras dentro do Beira-Rio visando Copa

    Presidente do Inter aguarda isenção fiscal para iniciar obras dentro do Beira-Rio visando Copa

A notícia publicada neste sábado pelo jornal Folha de S. Paulo causou surpresa no Internacional. Segundo o periódico, o estádio Beira-Rio, assim como Arena da Baixada e Morumbi, não estão atendendo as exigências da FIFA e trabalhando dentro do prazo estabelecido pelo COL – Comitê Organizador Local, dirigido pela CBF.

A punição seria a saída dos citados do plano de sedes do Mundial de 2014. O presidente do clube gaúcho, no entanto, respondeu fortemente a notícia dizendo que se trata de uma pressão pública. O mandatário pediu, ainda, auxilio dos governos, em todas as esferas, e disse que o Beira-Rio é o estádio mais adiantado nas reformas para a Copa.

“Quando fala em atraso dos estádios particulares, que montam recursos bem menores do que os estádios que serão reformados – maracanã e Mineirão, um terço ou menos, eu me surpreendo. O estádio de Manaus está pronto? Alguém viu uma máquina limpando terreno? Os estádios particulares estão mais próximos de estarem prontos por estarem bem. Maracanã e Mineirão precisarão de mais tempo e dinheiro. Todos estão atrasados, porém os estádios particulares estão à frente”, disse o presidente do Inter, Vitório Piffero.

Questionado sobre uma possível generalização quanto aos estádios particulares, sendo envolvidos na mesma questão do Morumbi, Piffero foi politicamente correto e preferiu fazer outra leitura. “O que está acontecendo é uma pressão para inicio das obras. Mas começamos há tempos. Em 2003 iniciamos as obras de reforma do Beira-Rio”, lembrou. “O Beira-Rio é o que está mais avançado neste processo todo”, completou.

Burocracia atrapalha preparação

Depois de anunciado como estádio do Mundial, o Inter fez campanhas publicitárias e comemorou, mas pouca coisa realmente foi feita. No entanto, tudo corre dentro das datas. “O prazo é da FIFA, dezembro de 2012. Há um comprometimento do Inter em fazer as coisas bem feitas e com menor custo, mas é preciso união”, suplicou o cartola.

Um entrave que não os clubes não conseguem driblar é a burocracia. Somente no caso do Inter, a venda do estádio dos Eucaliptos, acertada há meses, está emperrada há mais de 120 dias. “A burocracia existe em todas instituições. O que precisamos é de agilização dos processos. Não podemos andar no ritmo Brasil. A Copa tem data certa. Cada um tem que agilizar seu âmbito”, pediu Vitório Piffero.

No projeto do Internacional de revitalização de seu estádio, inauguração em 1969, existem obras não exigidas pela FIFA. As necessárias para a Copa não demandam de muito tempo, nas palavras do dirigente. “Precisamos botar mais bancos nas casamatas. Uma obra que em três dias se faz. O segundo vestiário tem que ser igual ao primeiro. Eu posso diminuir um pouco o primário. Precisa-se uma área mista para jornalistas com 660 m². Em jogos da eliminatórias a CBF já fez isso aqui”, destacou. “O mais demorado será quando reformarmos as arquibancadas. Tudo isso vai custar algo como 30, 40 milhões de reais”, acrescentou.

Vitório Piffero ainda garantiu que o período de interdição no estádio, durante reformas mais complexas, será pequeno. Desta forma, o Inter poderá seguir jogando no Beira-Rio durante as obras.
 

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