São Paulo criou uma polícia especial para cuidar das torcidas organizadas até o Mundial de 2014
Preocupado com a ‘invasão’ estrangeira que acontecerá durante a Copa do Mundo de 2014, o governo do Estado de São Paulo criou uma polícia especial para cuidar do futebol. Uma das principais preocupações é em relação a uma possível contaminação das torcidas organizadas daqui com facções radicais vindas da Europa.
De acordo com reportagem publicada nesta terça-feira pelo jornal Folha de S.Paulo, o Grupo de Repressão e Análise de Intolerância Esportiva (Grade) já até mesmo identificou ligações de organizadas com grupos europeus que defendem a supremacia branca.
O Grade, que é subordinado à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) em São Paulo, também buscará uma abordagem mais sofisticada em relação aos crimes vindos do futebol.
De acordo com a delegada Margarette Barreto, que comanda o Grade, o foco não será apenas as torcidas organizadas. Os cartolas que induzem brigas entre torcidas também serão investigados pelo grupo. “Nem sempre as organizadas são as culpadas. Como massa, a torcida reage ao que recebe”, explicou.
O novo grupo já tem três salas reservadas para trabalhar na sede do DHPP, mas não será divulgado quantos homens farão parte do seu efetivo. O motivo é o fato de que muitos deles vão trabalhar infiltrados entre os torcedores.
Outra função do Grade em São Paulo será comandar as salas de monitoramento dos estádios paulistas, para aperfeiçoar o serviço para a Copa de 2014. Os policiais que forem escolhidos para fazer parte do grupo também passarão por um curso específico.
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