Orlando Silva, ministro do Esporte, engrossou o coro contra o tamanho do estádio em Brasília
O ministro do Esporte, Orlando Silva, criticou nesta sexta-feira o projeto de estádio de Brasília para a Copa do Mundo de 2014. Usou o tema como argumento para defender o planejamento federal para a competição e a promessa de não criar “elefantes brancos”. Em seguida, defendeu que o governo municipal de São Paulo invista recursos públicos no estádio da capital para receber a abertura do torneio.
“Continuo debatendo com Brasília, acho errado fazer um estádio de 70 mil lugares. É preciso fazer com a capacidade mínima exigida pela Fifa”, disse o ministro durante debate promovido pela Folha de S.Paulo sobre a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
“Cuiabá, por exemplo, vai fazer um estádio maior para depois ficar menor, de acordo com a realidade de seu futebol”, acrescentou Orlando Silva, citando a sede no Mato Grosso como exemplo.
O próprio Ministério Público do Distrito Federal já indicou ser contra o estádio de 70 mil pessoas elaborado por Brasília, uma das sedes interessadas em receber a abertura da Copa.
Orlando Silva demonstra com frequência ser favorável a São Paulo receber o jogo inaugural da Copa, apostando no projeto do novo estádio do Corinthians que sequer foi analisado pela cúpula da Fifa.
Nesta sexta-feira, ele novamente defendeu a exclusão do projeto do Morumbi e, mais que isso, afirmou que a prefeitura paulistana deve investir recursos públicos na arena escolhida, que neste momento é a do Corinthians.
“Esse virou um assunto politizado em demasia, então o prefeito Gilberto Kassab está um pouco constrangido, mas confio muito nele. Todo ano, a prefeitura investe R$ 25, 30 milhões em Interlagos para receber a Fórmula 1. E faz isso porque arrecada mais impostos. Então a prefeitura pode fazer muito mais investimento [no estádio] para arrecadar mais”, argumentou o ministro.
Orlando Silva ainda deixou claro que, para ele, São Paulo é a única cidade capaz de receber a abertura da Copa. “Não há outra cidade com capacidade para fazer a abertura. Aqui em São Paulo chega a maioria dos voos internacionais, aqui há mais de 40 mil leitos de hotel. Só São Paulo tem aeroportos secundários importantes para suportar a aviação executiva, são muitos chefes de estado presentes na abertura”, completou.
*Atualizada às 17h26
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