UOL Esporte Futebol
 
05/01/2011 - 10h55

Blatter pensa em resgatar "gol de ouro" para Copa do Mundo no Brasil

Das agências internacionais
Em Zurique (Suíça)
  • Além do retorno do gol de ouro, Blatter estuda fazer outras mudanças para o Mundial-2014

    Além do retorno do "gol de ouro", Blatter estuda fazer outras mudanças para o Mundial-2014

A Copa do Mundo-2014 pode ter uma novidade nos mata-matas: o retorno da prorrogação com “gol de ouro”. Joseph Blatter, presidente da entidade, afirmou que pensa em adotar novamente este sistema, adotado nos Mundiais de 1998 e 2002. Para o torneio no Brasil, o dirigente também afirmou que apenas árbitros profissionais trabalharão nas partidas da competição.

Atualmente, quando um jogo dos mata-matas da Copa do Mundo termina empatado, as duas equipes disputam uma prorrogação de 30 minutos, independentemente do número de gols marcados no tempo extra. No sistema com o “gol de ouro”, a equipe que for às redes primeiro na prorrogação vence a partida.

Blatter também pensa em adotar outras mudanças para o Mundial no Brasil, com a ajuda da Força-Tarefa Futebol 2014 – grupo criado em outubro pelo comitê executivo da entidade para ajudar na organização de um Mundial mais atrativo.

“A Força-Tarefa visa fazer um balanço da organização do esporte e das competições. Dou alguns exemplos: atribuímos três pontos para a vitória e um ponto para o empate. Podemos questionar para saber se isso é uma coisa boa, podemos discutir a respeito. A prorrogação é a única saída em caso de empate? E se houver prorrogação, como terminar a partida? O ‘gol de ouro’ é uma opção que deve ser reavaliada? Uns gostavam, outros não. Há diversos aspectos das competições que podem ser discutidos”, afirmou o dirigente, em entrevista ao site oficial da Fifa.

Para 2014, Blatter prevê outra mudança importante. “O objetivo é claro: em 2014 só árbitros profissionais apitarão na Copa do Mundo. É uma obrigação. Os treinadores são profissionais, os jogadores são profissionais, não existe razão para que os árbitros não o sejam. E se alguns disserem que não há dinheiro suficiente para remunerá-los, eu responderia que há dinheiro suficiente nos campeonatos profissionais”, comentou.

Além das possíveis alterações para a Copa-2014, Blatter falou sobre o legado do Mundial para o Brasil. “Poderemos deixar uma infraestrutura nos estados. O Brasil é muito concentrado em Rio de Janeiro e São Paulo. Na Copa do Mundo, vamos em direção ao norte e vamos à Amazônia em Manaus. É um país emergente de quase 200 milhões de habitantes, bastante multirracial, mas onde ainda existe pobreza. A herança da Copa do Mundo certamente permitirá melhorar isso, também”, disse.

Por fim, Blatter reiterou sua preocupação com o andamento das obras para receber o Mundial-2014. "Ainda resta muito trabalho a fazer em termos de infraestrutura, então não se pode perder tempo", completou.

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