Pelé, Teixeira e Dilma acompanham sorteio; presidente do COL não discursou
O sorteio das eliminatórias de 2014, primeiro evento oficial da Copa no Brasil, terminou sem que o principal anfitrião falasse em público. Em cinco dias, Ricardo Teixeira não deu nenhuma entrevista coletiva e se comunicou apenas à base de pronunciamentos escritos e previamente elaborados.
Essa prática é algo incomum para presidentes do Comitê Organizador Local, que costumam manter constante contato com a imprensa. Teixeira, no entanto, falou em público apenas na sexta-feira, quando esteve no centro de imprensa. Diferentemente de todas as outras autoridades que estiveram no mesmo local que ele, como o presidente da Fifa, Joseph Blatter, por exemplo, o presidente da CBF não concedeu entrevista.
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Por outro lado, o dirigente preferiu conversar com os jornalistas apenas num evento de confraternização feito pela Fifa, na última segunda-feira. Só bateu papo. Longe dos microfones, o cartola foi poupado de perguntas relativas às recentes acusações de corrupção feitas contra ele.
O evento, por sinal, teve como objetivo justamente tentar mudar um pouco a imagem de Teixeira junto à imprensa. Interlocutores do presidente afirmaram que a sua presença no evento de boas vindas aos jornalistas foi inesperada, buscando assim passar a ideia de que dirigente fez questão de se relacionar com os profissionais de mídia.
A blindagem, porém, foi por água abaixo por causa da truculência de Teixeira. Ele bateu boca com jornalistas ingleses que tentaram entrevistá-lo fora do centro de imprensa.
O silêncio do dirigente visava justamente evitar situações constrangedoras como essa. A Fifa e seus patrocinadores preferiam que o presidente do COL se relacionasse melhor com a imprensa.
No sábado, durante o sorteio, Teixeira também não esteve no palco para qualquer pronunciamento. Segundo a assessoria do COL, o dirigente preferiu - por uma questão de gosto - não fazer discurso, apesar do roteiro contar com a sua fala.