Ministro diz que greves não vão atrasar obras e conta com "patriotismo" dos operários
Rayder Bragon Em Belo Horizonte
Ministros Orlando Silva, do esporte e Miriam Belchior, do planejamento, no balanço sobre a preparação brasileira para a Copa
O ministro do Esporte, Orlando Silva, disse nesta sexta-feira em Belo Horizonte que as paralisações de trabalhadores em obras em cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 não vão atrapalhar o cronograma de entrega das obras.
O ministro participou de evento na prefeitura, em que a presidente Dilma Rousseff anunciou R$ 1,75 bilhão para o metrô da capital mineira. “Essa greve de ontem do Mineirão, a greve do Maracanã, a greve de Salvador, elas não foram as primeiras e, seguramente, não serão as últimas greves”, disse o ministro.
Operários que trabalham na reforma do Mineirão fizeram uma manifestação na manhã desta sexta em um dos portões do estádio. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Belo Horizonte, Osmir Venuto, os operários exigem melhoria salarial, assistência médica extensiva aos dependentes e aumento do tíquete alimentação.
No entanto, o dirigente reconheceu que não é o representante legal da categoria, mas que estava no local para “ajudar”. Orlando Silva disse reconhecer como “legítimo” o direito de os trabalhadores se manifestarem, mas afirmou que conta com o patriotismo deles.
“O que nós não podemos perder é o canal de diálogo e o prazo de execução das obras. Tenho certeza que o mesmo trabalhador que faz a greve tem interesse em entregar as obras no prazo devido, porque são brasileiros e também trabalham pelo sucesso do evento em 2014”, afirmou.
Silva ainda afirmou que obras de mobilidade urbana nos estádios e nos aeroportos serão concluídas no prazo. “É um tema resolvido. Os estádios estarão prontos a tempo da Copa de 2014”, resumiu.
O ministro abordou o assunto afirmando que as obras serão um “legado” para os moradores das cidades onde há intervenção com vistas ao mundial no país. “Depois que a Copa passar, as pessoas vão se perguntar: o que nós conquistamos? A conquista pode ser, (por exemplo), um melhor transporte. O legado de mobilidade urbana para a Copa é um tema que merece atenção e vamos redobrar a atenção sobre esse assunto”, afirmou.
Ainda segundo o ministro, o governo divulgará balanços a cada 4 meses das obras da Copa, e uma prestação de contas será feita em Janeiro de 2012. “Nós fizemos um balanço essa semana que aponta que (as obras dos) estádios da Copa caminham bem. Belo Horizonte é um dos melhores exemplos do que digo. Nós teremos seguramente no final do próximo ano 9 estádios prontos, novos, confortáveis e seguros para os torcedores brasileiros e prontos para a Copa das Confederações (2013). Até o final de 2013 os 12 estádios da Copa serão entregues”, salientou.