Obras na Arena Amazônia só serão concluídas em junho de 2013
Resignação e bola para frente. Assim reagiu Manaus com o anúncio dos locais dos jogos da Copa do Mundo de 2014. A capital do Amazonas está erguendo uma arena para 45 mil pessoas, ao custo de R$ 500 milhões, com dinheiro público, para receber apenas quatro partidas do torneio mundial. O Estado não possui tradição no futebol e mesmo as finais do campeonato estadual não costumam atrair mais do 10.000 torcedores.
As autoridades amazonenses para a Copa tinham um plano de acelerar as obras da Arena Amazônia (o estádio que está sendo construído) para que tudo ficasse pronto até dezembro de 2012, a tempo de receber a Copa das Confederações, que acontecerá em junho de 2013. Este planejamento foi descartado nesta quinta-feira, após o anúncio das cidades que vão sediar a Copa das Confederações. Manaus não é uma delas.
Para o coordenador da UGP Copa (Unidade Gestora de Projetos da Copa), Miguel Capobiango, agora, não há motivos para acelerar as obras. "Vamos manter o cronograma inicial e entregar o estádio em junho de 2013. Acelerar as obras só se justificaria se fosse para sediar a Copa das Confederações, já que antecipações no cronograma incorrem em aumentos de custos", argumentou.
O coordenador disse que já esperava uma participação modesta de Manaus na Copa do Mundo. "Sabíamos que a distância em que nos encontramos do eixo Rio-SP é muito grande, e os custos de uma viagem a Manaus não são baixos. "Mas é claro que ficamos decepcionados. Por outro lado, teremos quatro jogos em Manaus, o que é positivo. Em um dado momento, os mais pessimistas diziam que teríamos apenas dois ou três jogos", destacou Capobiango.
Além de Manaus, as outras cidades que ficarão apenas com quatro jogos são Cuiabá (MT), Natal (RN) e Curitiba (PR).