Giovanni Luigi convocou entrevista coletiva, mas não disse novidades sobre as obras
Negociando há quatro meses com a Andrade Gutierrez, o Inter ainda não passa toda a certeza de que o estádio Beira-Rio estará pronto para receber a Copa do Mundo de 2014. Em entrevista coletiva, o presidente Giovanni Luigi fugiu da afirmação e disse ter “praticamente certeza” de que as obras estarão finalizadas em tempo hábil para receber cinco partidas do mundial.
1. Em um novo entrave com a Andrade Gutierrez. Apesar das últimas reuniões em São Paulo terem mostrado grande evolução, as duas partes seguem divergindo sobre alguns itens. |
2. Após acordar sobre todos os detalhes do contrato, o Conselho Deliberativo do clube será consultado. E pode barrar a parceria. "O Conselho Deliberativo é soberano, a decisão que ele tomar será respeitada", disse Giovanni Luigi. |
3. Com contrato fechado, 'ok' dos conselheiros, o Inter pode penar nas mãos da Andrade Gutierrez. A construtora mantém contato com engenheiros do clube e promete três turnos de serviço para compensar os quase quatro meses de paralisação. |
Foram 20 minutos de perguntas diretas e fortes, buscando esclarecimentos sobre um assunto que ainda tem pontos nebulosos. Luigi tangenciou inúmeras vezes, citou velhos argumentos e exaltou – como seus pares, a confirmação de uma das oitavas de final em Porto Alegre.
“Só posso fazer esta afirmação [de que o estádio Beira-Rio estará pronto para a Copa do Mundo] com a assinatura do contrato. Tudo leva a crer que temos, praticamente, a certeza que estaremos na Copa do Mundo”, disse Giovanni Luigi.
Em outro momento, o mandatário vermelho buscou apoio na tabela de jogos divulgada pela Fifa, horas antes. No documento, é o nome do estádio Beira-Rio que aparece quando as partidas são destinadas para o Rio Grande do Sul. O problema é que outros envolvidos no contexto garantem que a CBF está preocupada com o atraso das obras.
“Não vou comentar manifestações de dirigente de outros clubes. E nem de outras pessoas. O objetivo do Inter, anos atrás, era ser sede de jogos da Copa do Mundo de 2014. E vamos seguir assim”, ponderou Luigi.
Para o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, e o secretário extraordinário da Copa, João Bosco Vaz, o acordo sem o contrato assinado foi preponderante para a exclusão da cidade na Copa das Confederações. Giovanni Luigi deu o braço a torcer, mas por pouco tempo.
“O contrato, sem dúvida, é um item importante. Daria suporte para a situação”, admitiu. “Só que eu não posso assumir um contrato sem dirimir todas as cláusulas de um compromisso de longo tempo. Tenho o compromisso de olhar todas as cláusulas com muito cuidado”, acrescentou.