Obras estão paradas há quatro meses e partes seguem divergindo sobre cláusulas do contrato
O imbróglio entre Internacional e Andrade Gutierrez ganha um novo capítulo. Na reta final das negociações, o clube gaúcho entra na fase da pressão. Depois de perder a condição de sede da Copa das Confederações, e ser criticado pela morosidade das tratativas, o colorado afirma ter uma alternativa para o caso de uma entrave irreversível com a empreiteira.
“Se esgotadas todas as negociações, eu não acredito nessa possibilidade, mas se não ocorrer a assinatura do contrato, nós iremos trabalhar em um plano B”, disse o presidente Giovanni Luigi à Rádio Gaúcha. É uma mudança no discurso do clube. Aliás, mais uma neste caso que se arrasta desde o começo do mês de maio.
O Inter ficou como o vilão da ausência de Porto Alegre no torneio de 2013. Governo do Estado e prefeitura da cidade jogaram toda a responsabilidade pela exclusão do Beira-Rio para cima do contrato não assinado. E indicaram a diretoria vermelha como culpada. As acusações não foram respondidas pelo clube.
Luigi preferiu desdenhar o veto da Fifa na Copa das Confederações. E nem sequer ousou responder sobre isolamento político e as críticas recebidas. O documento final, que vai definir regras para a reforma do estádio e a parceria entre as partes por 20 anos, ainda não está pronto. Cláusulas de divisão de renda de setores do estádio são o principal entrave.
“Estamos trabalhando com prudência, estamos em todas as questões olhando o futuro e sabendo que não podemos comprometer o clube por um período que é muito maior que o meu mandato”, apontou o mandatário do Inter.