Primeiros lances de arquibancadas são instalados na Arena Pernambuco
27/01/2012 - 19h21
Empreiteira em Recife vai à Justiça para pôr fim a greve na Arena Pernambuco, que já dura 4 dias
Do UOL, em São Paulo
Apesar de terem anunciado a volta ao trabalho na última quinta-feira, os trabalhadores da obra da Arena Pernambuco, estádio que está sendo construído na Grande Recife para receber os jogos da Copa do Mundo de 2014, continuam de braços cruzados. O movimento paradista teve início na última terça-feira.
Os funcionários reclamam de suposta falta de condições de segurança no trabalho, remuneração abaixo do valor acordado, condições precárias de transporte e pela demissão de um membro da Cipa (Comissão Interna para Prevenção de Acidentes).
As negociações com a empreiteira que toca a obra, a Odebrecht, estão paralisadas. Ambos os lados afirmam não haver condição para o diálogo, cada parte alegando intransigência da outra.
Nesta sexta-feira, a construtora anunciou que irá pedir que a Justiça decrete a ilegalidade da greve. Já o sindicato que representa os trabalhadores afirma que só descruza os braços quando suas reivindicações forem atendidas.
Leia a íntegra da nota divulgada pela Odebrecht nesta sexta:
Odebrecht pede ilegalidade da greve
A Odebrecht solicitará ao Tribunal Regional do Trabalho de Pernambuco que seja declarada ilegal a paralisação que vem comprometendo de forma integral as obras no canteiro da arena, desde a última quarta-feira (25). A mobilização não se configura legítima, uma vez que está em plena vigência a convenção coletiva (vigência até 31 de julho deste ano), protocolada no Ministério do Trabalho e Emprego.
Neste acordo, foram definidos em consenso os valores de salário, cesta básica e outros benefícios que vêm sendo atendidos integralmente. Além de garantir a manutenção desse compromisso, a empresa esclareceu todas as dúvidas citadas como reivindicações, a exemplo da data limite para o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
Por lei, essa liberação pode ser feita até o dia 31 de janeiro, o que será cumprido rigorosamente. Visto a sua conduta idônea e com a certeza de sempre ter atendido ao compromisso firmado com os trabalhadores, a empresa irá aguardar a avaliação do TRT e espera o pronto restabelecimento dos trabalhos.