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Diretor de cinema, goleiro que parou Messi tinha futebol como 2ª opção

Goleiro da Islândia, Hannes Halldorsson defende pênalti cobrado por Lionel Messi - Ryan Pierse/Getty Images
Goleiro da Islândia, Hannes Halldorsson defende pênalti cobrado por Lionel Messi Imagem: Ryan Pierse/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

16/06/2018 12h16

A estreia da Argentina na Copa do Mundo da Rússia foi um filme de terror para Lionel Messi. Nesta produção, o goleiro Halldórsson, responsável por defender um pênalti do astro argentino, não é só um dos atores principais, o antagonista. O islandês poderia também ser o diretor, já que está acostumado com a função. 

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Eleito melhor do jogo pela Fifa, Halldórsson, afinal, já foi diretor profissional de cinema e continua atuando, esporadicamente, em comerciais de TV. Dono da camisa 1 da Islândia, só interrompeu a carreira momentaneamente - com convite para voltar quando quiser - porque deixou o país para viver de jogar futebol no exterior. Passou por Noruega e Holanda e hoje atua na Dinamarca, onde é titular do Randers. 

Enquanto viveu na Islândia, até 2014, teve o futebol como sua segunda profissão, treinando apenas depois do expediente. Isso mesmo depois de fazer sua estreia como titular da seleção, em 2012. No país de pouco mais de 300 mil habitantes, afinal, o futebol ainda vive do semi-profissionalismo. Hoje, quem entra em suas redes sociais vê fotos de Halldórsson jogando futebol, mas o link para o site pessoal remete ao seu portfólio como diretor. 

Ao optar pelo futebol, Halldórsson deixou de lado uma carreira de destaque como diretor. Seu perfil no IMDB, uma base de dados sobre profissionais de cinema, aponta o trabalho como diretor assistente de um documentário que conta a vida de um dos primeiros garotos a passar por cirurgia de mudança de sexo na Islândia. Em perfis publicados por órgãos de imprensa britânicos também são citados filmes de terror.

O grande momento de sua carreira, porém, foi em 2012, quando o já goleiro campeão nacional dirigiu o clipe da Islândia no Eurovision, um tradicional concurso musical entre países europeus. Na música, é como se ele tivesse sido o técnico da seleção.

"Fui lembrado porque as coisas estavam indo bem na direção de comerciais", explicou Halldórsson em entrevista à revista Sports Illustrated, em 2014. "Estava na minha lista de coisas a fazer na vida: um vídeo do Eurovision. Sempre fui fã do Eurovision quando criança". No início de carreira, ele havia dirigido, sem cobrar nada, diversos clipes da boy band islandesa Nylon.

O próprio goleiro reconhece que seu ramo é a publicidade. Tanto que, recentemente, foi convidado pela Coca-Cola para dirigir o tradicional clipe que a marca de refrigerantes faz para homenagear as seleções patrocinadas que vão ao Mundial. Nas redes sociais, antes mesmo do início da Copa, o trabalho de Halldórsson foi considerado como um dos melhores da temporada. 

Ele mostra a Islândia se unindo, aos poucos, em torno das palmas que marcam a torcida do país nórdico. Palmas essas que, após o jogo contra a Argentina, exaltaram a atuação decisiva do goleiro-diretor.

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