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Sem Cavani, Uruguai fica quase inofensivo e sofre até para se defender

Edinson Cavani assiste à parida do banco de reservas. Atacante tem edema muscular - AP
Edinson Cavani assiste à parida do banco de reservas. Atacante tem edema muscular Imagem: AP

Marcel Rizzo e Rodrigo Mattos

Do UOL, em Nizhny Novgorod (Rússia)

06/07/2018 13h02

Pode-se dizer que a vaga uruguaia tornou-se um sonho mais distante cerca de uma hora e 20 minutos antes do jogo, quando a lista oficial da Fita registrou que Cavani estava lesionado. Ele foi para o banco, cantou o hino vestido com caça de moletom, mas não tinha condições de entrar em campo. Pesava mais uma vez contra o time sul-americano a sina de não ter um craque no jogo decisivo.

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Logo no início do jogo, era possível perceber a falta que faria o artilheiro do time com três gols no Mundial, dois deles os da classificação para as quartas-de-final. Em seu lugar, Stuani perdeu duas bolas em menos de cinco minutos. Quando recebeu um lance em contra-ataque, tocou a bola longe, sem jeito.

E não foi só ofensivamente que o Uruguai sentiu a falta de Cavani. É o titular quem costuma atacar a bola frontal na defesa quando há uma bola lançada pelo alto na área do time sul-americano. Stuani estava lá... e vacilou. Era ele que estava na marcação de Varane. E deixou que o zagueiro do Real Madrid se antecipasse e fizesse o gol que abriu o placar.

Ao final do primeiro tempo, apenas um arremate a gol de Stuani. Em comparação, Cavani anotou quatro conclusões a gol por partida em média na Copa. Ficava claro que Suárez brigava sozinho contra a zaga francesa.

O técnico Oscar Tabarez substituiu Stuani por Maximiliano Gomez, mas aí já era um Uruguai com sérias dificuldades para tentar agredir o time francês em desvantagem no placar. um cenário que se agravou com o segundo gol francês. Cabia ao Uruguai insistir em cruzamentos na área, em uma jogada muito mais repetida do que quando Cavani está em campo. Até faltas perto do meio-de-campo eram lançadas na área.

Ao final do jogo, o número de finalizações até foi equilibrado. Mas a verdade é que a única finalização perigosa do Uruguai foi a cabeçada de Cáceres defendida de forma brilhante por Lloris ainda no primeiro tempo. Por ironia do destino, Stuani estava ao seu lado, não alcançou a bola, e quase o atrapalhou. 

Cavani só saiu do banco ao final do jogo para consolar seus companheiros. Deu um abraço e um beijo na cabeça de Suárez, talvez para compensar sua solidão durante a partida.

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