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Henry trouxe "conhecimento em ganhar uma Copa" à Bélgica, explica Martínez

Romelu Lukaku abraça o auxiliar Thierry Henry após a classificação da Bélgica contra o Brasil - Catherine Ivill/Getty Images
Romelu Lukaku abraça o auxiliar Thierry Henry após a classificação da Bélgica contra o Brasil Imagem: Catherine Ivill/Getty Images

Dassler Marques, Marcel Rizzo e Pedro Ivo Almeida

Do UOL, em São Petersburgo (Rússia)

09/07/2018 14h01

Um dos principais personagens de França e Bélgica estará no banco de reservas durante o duelo válido pela semifinal da Copa do Mundo. Campeão do torneio pelos Bleus em 1998, Thierry Henry será o auxiliar do técnico Roberto Martínez na Arena São Petersburgo nesta terça-feira (10). O treinador da seleção belga afirmou que a chegada do ex-atacante deu uma mentalidade diferente aos seus jogadores e comissão técnica.

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"Acho que Henry nos últimos dois anos trouxe algo que não tivemos. Eu e meu estafe trabalhamos por 15 anos juntos. Temos uma metodologia clara e como trabalhar, mas não tínhamos experiência internacional, não temos know how em ganhar uma Copa. Henry trouxe isso. Deu aos jogadores o entendimento do que vão enfrentar, porque a Bélgica não tem alguém que tenha ganhado a copa. Ele trouxe seu sentimento de jogador de elite, como assistente enxerga os detalhes, tenta ajudar todos jogadores. É a perfeita peça que faltava ao nosso estafe", exaltou o treinador, durante entrevista coletiva nesta segunda-feira (9).

A vitória por 2 a 1 contra o Brasil não fez com que o treinador se acomodasse. Para Martínez, a França joga de maneira muito semelhante à seleção de Tite. "Quando está na semifinal, é o momento único na nossa carreira. Não é o momento de desligar, é o momento de melhorar em relação ao jogo do Brasil. França e Brasil são similares em individualidades, contra um time como a França temos que nos concentrar 90 minutos. São jogadores que se conhecem, se enfrentam sempre."

O técnico ressaltou o jogo coletivo de seus jogadores e crê que encontrará um substituto ideal para Thomas Meunier, que está suspenso do jogo desta terça-feira (10) por ter levado dois cartões amarelos. "Vamos jogar como em todo torneio. Deixamos as individualidades decidirem, mas somos fortes nas duas áreas. É uma chave na nossa campanha a contribuição de todos os jogadores. Temos muitos jogadores que iniciaram jogos na Copa do Mundo. Meunier está suspenso, então temos que achar soluções."

Para enfrentar o Brasil, o treinador mudou o esquema tático da equipe ao escalar Marouane Fellaini entre os titulares. Mesmo sem admitir se o escalará também contra a França, Martínez elogiou a versatilidade do volante do Manchester United.

"Fellaini é um jogador de equipe. Tem a melhor mentalidade possível para um time. É um vencedor, um guerreiro. Fellaini trata cada jogada como a última. Para um jogador de sua posição e altura, tem incrível coordenação, habilidade, é forte. As pessoas precisam perceber como essas qualidades são importantes em um campo de jogo. Há jogos que com quatro defensores fica mais fácil, em outros jogos com três. A inteligência de nossos jogadores e como eles são adaptáveis é muito bom."

Por fim, o treinador também falou sobre Marc Wilmots. Ídolo da Bélgica, o ex-meia foi treinador de sua seleção entre 2012 e 2016, até a eliminação da equipe nas quartas de final da Eurocopa. Para o substituto, a vitória contra o Brasil foi uma espécie de vingança pela Copa do Mundo de 2002.

"Wilmots foi essencial com esse grupo de jogadores, foi técnico por muito tempo. Quando você assume, tenta usar o que o antecessor deixou. Essa vitória, acredito, pode ter sido uma vingança para ele, porque quando marcou contra o Brasil em 2002 o árbitro anulou, e agora a gente pode vencer", finalizou.

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