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Casão detona fala de presidente da Fifa sobre gays: 'Melhor ficar quieto'

Colaboração para o UOL

19/11/2022 10h37

Classificação e Jogos

Na véspera da abertura da Copa do Mundo do Qatar, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, concedeu uma entrevista coletiva para defender o Qatar e a organização local do torneio. Dentre as falas polêmicas, Infantino causou revolta ao dizer que se sentia "gay, imigrante, qatari, africano, árabe" para dizer que a entidade se preocupa com a diversidade.

No UOL News Esporte, transmitido pelo UOL Esporte todos os dias às 9h, Walter Casagrande, Renato Maurício Prado e Rafael Oliveira debateram a polêmica e Casão não perdoou o mandatário da entidade máxima do futebol.

"Era melhor ter ficado quieto. É melhor não falar nada. Por que nessa questão relacionada a preconceito e direitos humanos, se você vai tentar defender, ou transferir, passar de réu, de país que não respeita os direitos humanos para vítima de preconceito, isso é uma questão muito absurda", disse.

"A questão dele falar 'eu sou gay', 'eu me sinto imigrante', 'eu me sinto um trabalhador', isso ou aquilo, é a mesma coisa que qualquer um de nós aqui, que somos antirracistas, falar que sentimos na pele como um negro se sente quando é agredido por injúria racial. A gente não sente na pele. A gente só é antirracista", completou.

Casão ponderou os costumes locais, mas ressaltou que o papel de um país anfitrião de Copa do Mundo é receber os torcedores do mundo todo.

"Não é aceitável, nunca foi, não respeitar os direitos humanos. Não respeitar os direitos das mulheres. Não respeitar as diferenças. Isso aqui é uma questão absurda. É um país em que são poucos os que vivem como eles vivem. E não é o mundo que tem que se adaptar a isso. É o país-sede, que vai receber a Copa do Mundo, que tem que fazer com que as pessoas que chegam se sintam a vontade", disse.

'Plano C' surpreende

A seleção brasileira embarca hoje (19) para o Qatar e a escalação da seleção ainda é um mistério para a estreia. A possibilidade do time ser formado com Richarlison, Raphinha e Vinícius Júnior entre os titulares, com Neymar mais no meio de campo, surpreende o comentarista Rafael Oliveira.

"Me surpreende imaginar que essa formação tem sido trabalhada para ser a primeira opção", disse Rafael Oliveira

"Eu imaginava o Vinícius Júnior ficando no banco na estreia, com o Paquetá sendo este meia pela esquerda. Até porque eu acho bastante ousado, vindo do Tite, essa mudança, e ele adotar um sistema que é circunstancial, uma bela de uma opção esse sistema com mais peças ofensivas, mas me surpreende que seja um sistema para começar a Copa do Mundo. Ainda mais contra o adversário mais forte do grupo", analisou.

"Também não dá para cravar nada, pois ele pode estar apenas testando uma formação que testou menos durante a preparação. O Brasil chega à Copa com três modelos de escalação. Esta, que me parecia o 'Plano C' tem sido mais trabalhada, mas pode ser por ser o plano mais recente", completou.

Rumo ao Qatar

A seleção brasileira embarcou rumo ao Qatar neste sábado, deixando a cidade de Turim, que recebeu cinco treinamentos da equipe de Tite neste começo de trabalho visando o Mundial.

O repórter Gabriel Carneiro, direto de Turim, contou como foi o encerramento do período de preparação na Itália e a partida rumo ao país da Copa.

Neymar faz brasileiro torcer contra

A falta do "clima de Copa", também foi discutido na véspera da abertura do Mundial. Renato Maurício Prado disse que conhece torcedores que vão deixar de torcer pela seleção brasileira simplesmente pela posição política de Neymar.

"A verdade é que o país está partido. As últimas eleições mostraram, e não é só a camisa, que passou a ser identificada como um partido político. Mas, além disso, alguns jogadores se posicionaram muito claramente em favor do presidente que foi derrotado. Principalmente o Neymar", disse RMP.

"Eu conheço muita gente que vai torcer contra o Brasil por causa do Neymar. O que é uma coisa acho que inédita na seleção brasileira. Brasileiros torcendo contra sua seleção por causa de seu craque maior. Por quê? Porque ele tomou uma posição política claríssima e, obviamente, que não era a favor do mesmo candidato está com o Neymar por aqui", completou.

Quem será o craque?

O Mundial do Qatar será o último de nomes como Cristiano Ronaldo e Messi. Será que um desses veteranos sairá com o prêmio de melhor jogador? Casagrande tem sua aposta

"Eu coloco o Messi e o Mbappé como os dois com mais possibilidades de se tornarem o grande nome desta Copa do Mundo. E desses que estão parando, que possivelmente estão disputando a última Copa, o Messi é aquele que tem mais possibilidade de brilhar.

Veja o programa na íntegra: