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Ovo mexido e arroz doce: Ex-chef da seleção inglesa revela dieta para Copa

Colaboração para o UOL, em São Paulo

19/11/2022 17h18

Classificação e Jogos

O chef Tim De'ath, de 53 anos, tem um currículo de dar inveja a muitos jogadores de futebol. A serviço da seleção inglesa por 11 anos, ele participou de cinco competições internacionais, perpassando algumas gerações de atletas e vários treinadores desde 2006.

Tantos anos de experiência deram a Tim o conhecimento necessário para entender que a comida tem um papel importante em competições como a Copa do Mundo. Em entrevista ao jornal britânico "Daily Mirror", o chef explicou que a alimentação ajuda não só a manter os atletas em forma, mas é essencial para unir o elenco e fazê-los se sentirem em casa.

"Eu não diria que a vida na Copa do Mundo é como um campo de prisioneiros, mas os jogadores estão presos longe de casa e vivem em uma bolha. O que você faz dentro deste lugar impacta o desempenho nas partidas. O Gareth Southgate [técnico da Inglaterra] vai fazer o possível para que os jogadores e a comissão técnica se sintam em casa", explicou.

Tim revelou que, além de uma dieta muito bem planejada, os atletas recebem alguns mimos. O chef contou, por exemplo, que, enquanto Harry Kane gosta de comer ovos mexidos com torradas antes dos jogos, Sterling prefere algo mais doce.

"O Harry [Kane] é muito atento à dieta e tem um gosto mais tradicional. Antes dos jogos, ele sempre gosta de ovos mexidos com torradas. Já o Sterling sempre vinha até mim e pedia: 'Tem arroz doce?' Eu fazia com leite semi-desnatado, mas sempre deixava o mais saboroso possível", contou.

'Revolução' com Gareth Southgate

Antes de deixar a seleção inglesa, em 2017, Tim teve a chance de trabalhar com Gareth Southgate em três partidas. Foi o suficiente para que o treinador deixasse uma bela impressão no chef.

Tim conta que antes da chegada de Southgate, o elenco da seleção inglesa se dividia em várias mesas na hora das refeições, praticamente separados pelos clubes que defendiam. Com o atual treinador, há uma nova filosofia, que, na opinião do chef, melhorou muito o relacionamento dos jogadores.

"Gareth é um gênio na gestão do grupo. Quando eu comecei na seleção, tinha a mesa com jogadores do Chelsea, uma mesa com jogadores do Arsenal, outra com jogadores do Liverpool, e eles não interagiam entre si. Mas nós mudamos isso colocando uma única mesa grande, encorajando os jogadores a conversarem", disse.

"Além disso, arrumamos a mesa como se fosse um restaurante fino, com flores. Temos a filosofia de não permitir música ou fones de ouvido nesse momento. Eu acho que é algo bom porque força as pessoas a conversarem", finalizou o chef.

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