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RMP: 'Conheço gente que não vai torcer para o Brasil em razão do Neymar'

19/11/2022 10h01

Classificação e Jogos

Na véspera da abertura da Copa do Mundo do Qatar, o "clima de Copa" não parece estar presente em todos os lugares do Brasil como em outras épocas.

No UOL News Esporte, transmitido pelo UOL Esporte todos os dias às 9h, Walter Casagrande, Renato Maurício Prado e Rafael Oliveira discutiram o assunto e a questão política parece estar influenciando o ânimo dos brasileiros.

"A verdade é que o país está partido. As últimas eleições mostraram, e não é só a camisa, que passou a ser identificada como um partido político. Mas, além disso, alguns jogadores se posicionaram muito claramente em favor do presidente que foi derrotado. Principalmente o Neymar", disse Renato Maurício Prado.

"Eu conheço muita gente que vai torcer contra o Brasil por causa do Neymar. O que é uma coisa acho que inédita na seleção brasileira", analisou.

"Brasileiros torcendo contra sua seleção por causa de seu craque maior. Por que? Por que ele tomou uma posição política claríssima e, obviamente, que não era a favor do mesmo candidato está com o Neymar por aqui", completou o colunista do UOL Esporte.

'Plano C' surpreende

A seleção brasileira embarca hoje (19) para o Qatar e a escalação da seleção ainda é um mistério para a estreia. A possibilidade do time ser formado com Richarlison, Raphinha e Vinícius Júnior entre os titulares, com Neymar mais no meio de campo, surpreende o comentarista Rafael Oliveira.

"Me surpreende imaginar que essa formação tem sido trabalhada para ser a primeira opção", disse Rafael Oliveira

"Eu imaginava o Vinícius Júnior ficando no banco na estreia, com o Paquetá sendo este meia pela esquerda. Até porque eu acho bastante ousado, vindo do Tite, essa mudança, e ele adotar um sistema que é circunstancial, uma bela de uma opção esse sistema com mais peças ofensivas, mas me surpreende que seja um sistema para começar a Copa do Mundo. Ainda mais contra o adversário mais forte do grupo", analisou.

"Também não dá para cravar nada, pois ele pode estar apenas testando uma formação que testou menos durante a preparação. O Brasil chega à Copa com três modelos de escalação. Esta, que me parecia o 'Plano C' tem sido mais trabalhada, mas pode ser por ser o plano mais recente", completou.

Rumo ao Qatar

A seleção brasileira embarcou rumo ao Qatar neste sábado, deixando a cidade de Turim, que recebeu cinco treinamentos da equipe de Tite neste começo de trabalho visando o Mundial.

O repórter Gabriel Carneiro, direto de Turim, contou como foi o encerramento do período de preparação na Itália e a partida rumo ao país da Copa.

Casão: "Era melhor (Infantino) ter ficado quieto"

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, concedeu uma entrevista coletiva hoje (18) e causou polêmica por suas falas ao defender o Qatar das acusações de preconceito. Para Casagrande, o dirigente da entidade máxima do futebol perdeu uma chance de ficar calado.

"Era melhor ter ficado quieto. É melhor não falar nada. Por que nessa questão relacionada a preconceito e direitos humanos, se você vai tentar defender, ou transferir, passar de réu, de país que não respeita os direitos humanos para vítima de preconceito, isso é uma questão muito absurda", disse.

"A questão dele falar 'eu sou gay', 'eu me sinto imigrante', 'eu me sinto um trabalhador', isso ou aquilo, é a mesma coisa que qualquer um de nós aqui, que somos antirracistas, falar que sentimos na pele como um negro se sente quando é agredido por injúria racial. A gente não sente na pele. A gente só é antirracista", completou.

Quem será o craque?

O Mundial do Qatar será o último de nomes como Cristiano Ronaldo e Messi. Será que um desses veteranos sairá com o prêmio de melhor jogador? Casagrande tem sua aposta

"Eu coloco o Messi e o Mbappé como os dois com mais possibilidades de se tornarem o grande nome desta Copa do Mundo. E desses que estão parando, que possivelmente estão disputando a última Copa, o Messi é aquele que tem mais possibilidade de brilhar.

Veja o programa na íntegra: