"Vão sobreviver", diz Infantino a fãs sobre proibição de cerveja na Copa

Depois de um longo discurso onde tentou defender o Qatar e a organização da Copa do Mundo, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, falou brevemente sobre a questão da proibição de venda de cervejas no entorno dos estádios que vão receber as partidas do Mundial.

O dirigente afirmou que a decisão foi tomada em conjunto entre autoridades locais e a entidade e tentou afastar os rumores de que o episódio causou uma crise na relação com patrocinadores, especialmente a Budweiser, que é fornecedora oficial de cerveja para a competição.

Ontem (18), a dois dias da estreia, a organização comunicou que a venda que seria feita em tendas na porta dos estádios estava cancelada. Apenas os frequentadores da zona VIP dos estádios ou os que estiverem na Fan Fest terão acesso à bebida.

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"Essa é a única questão para Copa, eu vou assinar e ir para a praia. É uma decisão foi tomada de forma conjunta entre Fifa e Qatar. Toda decisão foi discutida entre as duas partes. Haverá espaços Fan Fest onde podem comprar álcool, até 100 mil pessoas. Acho que, pessoalmente, se por três horas no dia vocês não puderem beber, vocês vão sobreviver. Nós tentamos ver se era possível, mas não foi", explicou.

Infantino ainda disse que a mudança teve como base a segurança das pessoas que vão se locomover durante o dia para assistir a até quatro partidas por dia, característica que só Doha permite em relação aos últimos torneios por conta da questão geográfica. Todas as partidas serão disputadas praticamente na mesma cidade, sem a necessidade de longas viagens de avião como aconteceu na Rússia ou no Brasil por exemplo.

Vale destacar que o plano para esse Mundial já está apresentado há praticamente uma década, quando o país foi escolhido pela entidade para sediar a competição.

"Quando você tem os planos e olha o fluxo das pessoas, a segurança para ir para 10 jogos, você vê algo diferente. Essa Copa é diferente, ela tem quatro jogos no mesmo dia. Temos que garantir que haverá fluxo normal das pessoas. Por isso, tivemos que tomar essa decisão. A Budweiser é uma grande parceira da Fifa. Há umas semanas, apertamos mãos do seu CEO. Eu acho que vale destacar que os parceiros são parceiros em bons e maus momentos. E gosto de destacar que a Budweiser zero vai continuar sendo vendida nos estádios", afirmou. "Acho que essa situação dos últimos dias até nos aproximou".

Depois, ao responder uma outra pergunta sobre o tema, ele citou que países da Europa também proibiram o álcool nos estádios. "Talvez haja uma razão pela qual a França e a Espanha tenham banido o álcool dos estádios. Talvez eles sejam mais espertos do que a gente".