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'Camisa como qualquer outra': Bremer é 1º número 24 da história da seleção

Bremer, camisa 24 da seleção brasileira na Copa do Mundo do Qatar-2022 - Lucas Figueiredo/CBF
Bremer, camisa 24 da seleção brasileira na Copa do Mundo do Qatar-2022 Imagem: Lucas Figueiredo/CBF
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O zagueiro Bremer será o primeiro jogador da seleção brasileira a utilizar o número 24 em uma competição oficial. Para o defensor da Juventus (ITA) o número não representa nada.

"É uma camisa qualquer como outra, importante é estar na Copa do Mundo. O número não importa. O importante é estar aqui neste momento que é um momento inédito", afirmou após o treinamento da tarde de hoje (20), em Doha, no Qatar.

Essa é apenas a segunda vez que a CBF se vê diante da hipótese de ter um atleta com a camisa 24 inscrito em um torneio. A Copa do Mundo do Qatar é a primeira a permitir que as seleções tenham mais do que 23 convocados —26 podem ser inscritos por cada país.

A inscrição de Bremer com tal numeração corrige a atitude tomada pela confederação em 2021, quando a entidade simplesmente pulou do 23, Ederson, para o 25, Douglas Luiz, na listagem dos 24 jogadores que participaram daquela edição da Copa América.

Na ocasião, a CBF foi interpelada judicialmente pelo grupo Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT por não ter utilizado o número 24. A ação, contudo, foi extinta sem maiores consequências. A explicação da CBF na época foi a de que o número 25 era mais adequado para um volante. O Brasil foi o único time da competição a não ter um camisa 24.

A dezena 24 é atribuída ao animal veado no Jogo do Bicho, uma loteria tão informal quanto ilegal e popular no Brasil —em especial no Rio de Janeiro e em São Paulo. E como o veado é associado a homens gays de forma pejorativa, o preconceituoso mundo do futebol evita sua utilização.

Bremer quer estar na foto

Entre os 26 convocados de Tite, o zagueiro Bremer é quem menos teve minutos com a seleção brasileira. A quarta vaga de zagueiro era a maior dúvida da convocação, sendo que as outras três vagas já há muito tempo têm seus donos em Marquinhos, Thiago Silva e Militão.

Bremer venceu a concorrência de nomes como Ibañez, da Roma, e Lucas Veríssimo, do Benfica. Ele sabe que os titulares da posição são também dois líderes do grupo, mas quer jogar. Se não puder, quer pelo menos aparecer na foto do título.

"Eles têm uma hierarquia aqui, eu cheguei por último. São líderes do grupo, dá pra ver. Eles têm uma carreira histórica. Preciso ter paciência, quero ajudar o grupo, lógico, e jogar, mas tem hierarquia. Espero poder entrar, mas se não, quero ajudar o grupo da melhor forma possível porque quando ganhar o título eu também vou estar na foto"

Cuidado com a Sérvia

O Brasil estreia nesta quinta-feira (24), às 16h, contra a Sérvia, no Lusail Stadium. Bremer prega cautela com o adversário e conhece de perto duas das principais armas: os companheiros de Juventus Vlahovic e Kostic.

"São jogadores de alto nível, todos jogam na Europa. Temos que tentar limitar o máximo possível porque são jogadores que podem definir a partida a qualquer momento. Alguns já joguei contra e foram meus companheiros no Torino. Não podemos pensar que são só dois jogadores, a todo momento algum deles pode decidir. É um grupo copeiro. Qualquer um deles pode tirar um coelho da cartola", disse.

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