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A última Copa de Messi e CR7

As principais histórias do último mundial dos melhores jogadores do século

Mais de 600 jornalistas se aglomeram para ouvir que Messi joga a Copa

Lionel Messi concede entrevista coletiva antes da estreia da Argentina na Copa do Mundo do Qatar - Albert Gea/Reuters
Lionel Messi concede entrevista coletiva antes da estreia da Argentina na Copa do Mundo do Qatar Imagem: Albert Gea/Reuters
e Bruno Andrade

Colunista do UOL, em Doha (Qatar)

21/11/2022 13h30

Classificação e Jogos

Um auditório abarrotado. Sentados, agachados, em pé e tantos outros aglomerados nos corredores de uma moderna sala de eventos do Qatar National Convention Centre (QNCC). A contagem visual passou dos 600 presentes. Não, não era um show de uma estrela musical para um público reservado. Era a primeira coletiva de Lionel Messi em Doha. O primeiro ato oficial antes do adeus definitivo da maior competição do futebol.

Todos queriam ver Messi. Todos queriam ouvir Messi. Se fosse possível, (quase) todos queriam um pedaço de Messi. Um curioso e também discutível misto de jornalismo e tietagem. Depois de duas longas filas na entrada, a tão aguardada entrevista acabou por atrasar em três minutos. Sinceramente, nada de grave. Vários dos jornalistas teriam esperado muito mais tempo.

Aos 35 anos, o craque argentino, que recentemente revelou que a Copa do Mundo no Qatar vai ser a sua última, respondeu exatas dez perguntas, sendo a primeira delas sobre a presença na estreia da Argentina, nesta terça-feira (22), contra a Arábia Saudita. Sim, está bem e recuperado (do trauma no tendão de Aquiles). Sim, vai jogar.

Obviamente, o foco depois esteve praticamente em cima do mesmo tema: a quinta e última Copa na vitoriosa carreira. Foi quase como se os repórteres que tiveram a "honra" de perguntarem também se sentissem parte importante do momento histórico em solo qatari.

"É lindo ver muitas pessoas que não são argentinas querendo que a seleção argentina seja campeã, em grande parte por minha causa. Sou grato pelo amor que recebi ao longo da minha carreira, em todas as partes do mundo. Fico feliz que queiram o mesmo que eu. Me sinto com muita vontade, estamos todos empolgados com a Copa", destacou.

"O que me leva a continuar tentando (o título mundial) é a ilusão, o desejo, querer sempre mais", completou.

Mãos e mais mãos levantadas. Frustrações, é claro. Houve quem ficasse mesmo irritado por ter perdido a oportunidade de fazer uma inesquecível questão para o camisa 10. Fim do espetáculo. O jogador se levantou e seguiu rumo à saída. Porém, não foi embora sem antes ouvir aplausos de cerca de 30 a 40 "espectadores". Só faltou Lionel Messi voltar, pular em cima da plateia e pedir para ser carregado pelos braços de todos.