Goleiro do Irã ficar em campo após choque foi 'vergonha', diz instituição
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Permitir que o goleiro do Irã continuasse em campo contra a Inglaterra depois de um forte choque na cabeça foi uma 'desgraça total', segundo a Headway Foundation, uma instituição especializada na reabilitação de pessoas com lesões cerebrais. O lance aconteceu no começo da goleada de 6 a 2 dos ingleses na partida de abertura do grupo B da Copa do Mundo, disputada hoje (21), em Doha, no Qatar.
Após cruzamento da Inglaterra pela direita aos 8min de jogo, o goleiro Beiranvand saiu do gol para tentar cortar a bola, mas acabou batendo cabeça com cabeça com o zagueiro do próprio time, Majid Hosseini, e ficou caído no gramado.
Ele teve um sangramento no nariz e foi atendido dentro de campo. A partida ficou mais de oito minutos paralisada para o atendimento do goleiro.
Mesmo aparentemente desorientado, Beiranvand trocou a camisa suja de sangue e foi autorizado a continuar em campo. Mas menos de um minuto depois, ao tentar cobrar um tiro de meta, ele voltou a se sentir mal e acabou substituído. Aos 20 minutos, ele deu lugar a Hossein Hosseini.
A transmissão oficial da Fifa afirmou durante o anúncio da substituição que a suspeita da lesão era uma concussão cerebral.
Luke Griggs, executivo-chefe interino da Headway, fez duras críticas ao que se viu em campo.
"É uma vergonha absoluta que o goleiro iraniano Alireza Beiranvand tenha sido autorizado a permanecer em campo", disse em comunicado. "Não deveria ter ficado nem um segundo, quanto mais um minuto. Ele estava claramente aflito e incapaz de continuar. Este pareceu ser um caso de decisão tomada pelo jogador, e não pela equipe médica", complementou.
"Este foi o primeiro teste do protocolo de concussão da Copa do Mundo da Fifa e foi uma falha lamentável", finalizou Luke.
Beaseados nos protocolos de concussão da Fifa, os médicos das seleções têm a responsabilidade final de decidir se um jogador está apto ou não para seguir em uma partida.
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