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No hotel da seleção no Qatar, caipirinha custa R$ 113 e cerveja, R$ 84

Caipirinha de vodca vendida no hotel da seleção brasileira em Doha, no Qatar  - Adriano Wilkson/UOL
Caipirinha de vodca vendida no hotel da seleção brasileira em Doha, no Qatar Imagem: Adriano Wilkson/UOL

Do UOL, em Doha, Qatar

22/11/2022 04h00Atualizada em 24/11/2022 15h17

Classificação e Jogos

Se o técnico Tite quiser comemorar as vitórias do Brasil no Qatar tomando uma caipirinha, ele vai encontrar preços bem diferentes do que talvez esteja acostumado. No Sabai Thai, um dos restaurantes do hotel onde a seleção está hospedada em Doha, a caipirinha custa 75 rials qataris, o equivalente a R$ 113 na cotação atual.

No Qatar, vender bebida alcoólica é proibido, exceto em alguns lugares licenciados, dois deles justamente os restaurantes do hotel Westin Doha, onde a seleção ficará durante toda a Copa. Além do Sabai Thai, que serve comida tailandesa, o hotel tem o Hunters, especializado em carnes em geral.

A caipirinha servida no Sabai Thai não empolga. Trata-se da versão com vodca, apresentada no cardápio como caipiroska. O restaurante usa a vodca Moscow Skaya e serve a bebida em um copo pequeno, com pouco gelo, pouco limão, sem açúcar e com água. Além do clássico brasileiro, o Sabai Thais oferece outros drinks conhecidos mundialmente, como negroni, mojito e margarita.

Se a comissão técnica, os jogadores ou seus familiares quiserem comemorar bebendo cerveja, vão poder escolher entre opções de seis países diferentes: a holandesa Heineken ou a dinamarquesa Carlsberg, por exemplo, mas não a americana Budweiser, que patrocina a Copa.

A conta pode sair cara: cada copo sai pelo equivalente a R$ 84. O valor é ainda maior do que o preço oficial da cerveja que o torcedor comum pode comprar. No Fifa Fan Fest, o único lugar da Copa autorizado a vender bebida ao torcedor, um copo de Budweiser custa R$ 73.

A restrição etílica no país sede criou uma crise entre a Fifa e seu principal patrocinador. Os torcedores também protestaram, já que souberam apenas dois dias antes da abertura de que não haveria venda de bebida nos estádios. Mas o governo qatari ganhou a queda de braço e manteve a proibição.

Se o Sabai Thai não pode ser festejado pela qualidade de seus drinks, o restaurante se sai melhor na sua especialidade: a culinária tailandesa. Durante a Copa, há três opções de menu completo, com entrada, prato principal e sobremesa. Na mais barata (que custa o equivalente a R$ 450) é possível escolher pratos que levam carne, frango e camarão, além de muita pimenta. No Trip Advisor, popular site com avaliação de viajantes, o restaurante é considerado de cinco estrelas e o 16º melhor lugar para comer em Doha.

Nasi - Adriano Wilkson/UOL - Adriano Wilkson/UOL
Nasi Goreng, prato principal do Sabai Thai, restaurante tailandês no hotel da seleção no Qatar
Imagem: Adriano Wilkson/UOL

Apesar disso, é mais provável que Tite e seus jogadores não visitem o local: há 27 anos, o cardápio da seleção é comandado pelo chef gaúcho Jaime Maciel, que prepara uma alimentação especial para o time. Para o Qatar, ele levou na bagagem 30 quilos de farinha de mandioca. Conforme a reportagem apurou, não há pratos com farofa no Sabai Thai.

Assista o vídeo especial 'A convite do Qatar: a visão feminina sobre as restrições no país da Copa':