Classificação e Jogos
A Alemanha foi surpreendida pelo Japão na estreia da Copa do Mundo desta quarta-feira (23), ao perder por 2 a 1, na segunda maior zebra do torneio até o momento depois da derrota da Argentina contra a Arábia Saudita. Porém, fora dele, os alemães venceram por goleada, ao driblarem a mordaça da Fifa e protestarem antes do jogo contra o que vem ocorrendo no Qatar.
O time alemão fez um protesto antes da partida ao posar para a foto oficial com a mão na boca, em revolta contra a grotesca atitude da Fifa de impedir que os capitães das seleções utilizassem uma braçadeira com as cores da bandeira LGBTQIA+.
A faixa "One Love" serviria para ir contra as leis religiosas do Qatar, país sede escolhido de forma corrupta e estapafúrdia pela entidade máxima que rege o futebol. Por aqui, o Código Penal vê a homossexualidade como uma prática criminosa.
Mas a Fifa ameaçou punir as equipes com cartões amarelos caso o protesto acontecesse, pois o item iria, supostamente, contra o regulamento da competição por conter mensagem política ou religiosa, alegação tão absurda quanto a opção pelo bizarro Qatar para sediar a Copa.
A Alemanha, porém, deu um jeito de driblar mais essa insanidade da Fifa com um protesto perfeito. Afinal, ninguém iria dar cartão amarelo para o time inteiro. E o golerio Neuer ainda entrou com a braçadeira escondida, para completar a bela ação dos alemães.
De quebra, nas arquibancadas, a ministra do interior e da comunidade da Alemanha, Nancy Faeser, também fez história, ao se vestir de forma confortável - em um país onde mulheres locais não podem fazer isso - usando ainda a braçadeira LGBTQIA+ vetada pela Fifa.
Parabéns à Alemanha. Neste momento, o resultado em campo é o que menos importa. Vitórias nem sempre são conquistadas em campo.
Assista o vídeo especial 'A convite do Qatar: a visão feminina sobre as restrições no país da Copa':
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