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Jornalista qatari ironiza time da Alemanha após derrota e protesto

Colaboração para o UOL, em Santos (SP)

23/11/2022 14h44

Classificação e Jogos

Um jornalista esportivo qatari de quase 400 mil seguidores no Twitter usou as redes sociais para ironizar a seleção da Alemanha por conta do protesto e da derrota para o Japão por 2 a 1, hoje (23), na estreia da seleção europeia na Copa do Mundo do Qatar.

Antes da partida, os jogadores alemães colocaram suas mãos sobre a boca para simbolizarem que foram silenciados pela Fifa. A entidade proibiu o uso da braçadeira de capitão 'One Love', que apoia a causa LGBTQIA+.

"Isso é o que acontece quando você não foca no futebol", publicou Mohammed Alkaabi, com a mensagem seguida de um emoji dando risada e duas imagens: do protesto alemão antes da partida e o placar do jogo, de 2 a 1 para o Japão (veja mais abaixo).

Esta não foi a primeira polêmica em que Mohammed Alkaabi se envolveu em relação à Copa do Mundo atual. Ainda em agosto, ele já havia ironizado nas redes sociais uma declaração de Philip Lahm, ex-jogador da Alemanha, dizendo que iria boicotar o Mundial no Qatar.

"Eu não faço parte da delegação e eu não vou voar ao Catar. Os direitos humanos deveriam fazer parte dos critérios de escolha da sede das competições", disse Lahm. "Quem falou para você vir?", postou o jornalista.

Membros do governo alemão também se posicionaram contra a proibição da Fifa à braçadeira 'One Love'. Nancy Faeser, ministra federal alemã do Interior e Comunidade, foi flagrada nas tribunas do Estádio Internacional Khalifa utilizando a faixa em seu braço esquerdo.

Steffen Hebestreit, porta-voz do Estado, já havia declarado frustração com a medida adotada pela entidade esportiva. "Vemos que aparentemente não é possível, no âmbito desta Copa do Mundo, se posicionar ou exibir um símbolo de compromisso (com a causa LGBTQIA+)".

Entenda a proibição

Capitães de algumas seleções europeias pretendiam utilizar a braçadeira 'One Love'. A faixa possui as cores do arco-íris, em alusão à causa LGBTQIA+. A Fifa se opôs à ideia e decidiu punir atletas que infringissem a regra com um cartão amarelo.

As Federações de Futebol da Inglaterra, País de Gales, Bélgica, Dinamarca, Alemanha, Holanda e Suíça publicaram comunicado na última segunda-feira (21), lamentando a postura da Fifa e anunciando que não utilizariam a braçadeira.

"A Fifa deixou muito claro que imporá sanções esportivas se nossos capitães usarem as braçadeiras no campo de jogo. Como federações nacionais, não podemos colocar nossos jogadores em uma posição em que possam enfrentar sanções esportivas, incluindo cartões amarelos, por isso pedimos aos capitães que não tentem usar as braçadeiras nos jogos da Copa do Mundo da Fifa", diz o comunicado.

A entidade também barrou outra manifestação em apoio à inclusão. A Bélgica foi forçada pela entidade a retirar a palavra 'Amor' de seu segundo uniforme. A camisa foi lançada em setembro com a intenção de propagar uma afirmação positiva e divertida de amor em tempos de atrito", escreveu a Federação Belga na época.

Assista o vídeo especial 'A convite do Qatar: a visão feminina sobre as restrições no país da Copa':

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