Base olímpica é fator comum entre destaques da Copa do Mundo
Classificação e Jogos
Espanha, Brasil, Arábia Saudita e Japão, quatro das equipes que mais se destacaram na Copa do Mundo até aqui, têm em comum o reaproveitamento, no Qatar, de boa parte de seus elencos que disputaram os Jogos Olímpicos de Tóquio, no ano passado. Alemanha e Argentina, protagonistas dos dois maiores fracassos, vão pelo caminho contrário. Artilheiro das Olimpíadas, Richarlison é também um dos artilheiros da Copa até aqui.
O futebol masculino é disputado nos Jogos Olímpicos por times sub-23, mas, por conta do adiamento causado pela pandemia, em Tóquio as equipes foram sub-24 — logo, com atletas que faziam aniversário de 24 anos até o fim de 2021. Além disso, os elencos podem ter três atletas mais velhos.
Vice-campeã em Tóquio, derrotada pelo Brasil, a Espanha levou ao Japão os melhores jovens à disposição. Estavam nas Olimpíadas cinco atletas que participaram a goleada por 7 a 0 sobre a Costa Rica: Unai Simón, Pedri, Asensio, Dani Olmo e Carlos Soler. Além deles, os zagueiros reservas Pau Torres e Eric Garcia também têm uma medalha de prata em casa. Rodri e Fernan Torres também estariam em Tóquio se não fossem barrados pelo Manchester City.
No caso da seleção brasileira, seis campeões olímpicos em Tóquio com o técnico André Jardine chegaram à Copa com Tite: Bruno Guimarães, Richarlison, Antony, Martinelli e dois dos veteranos levados a Tóquio: Weverton e Dani Alves. Richarlison, que foi o artilheiro dos Jogos, com cinco gols, marcou dois na estreia da seleção na Copa, contra a Servia.
Daquele grupo, Matheus Cunha esteve cotado para ir à Copa até a convocação, ficando fora da lista final, e Guilherme Arana teria boas chances se não tivesse sofrido lesão grave que o tirou do Mundial. Pedro chegou a ser convocado para as Olimpíadas, mas não foi liberado pelo Flamengo. Escolhido para ser o outro jogador de mais de 24 anos nas Olimpíadas, Diego Carlos perdeu espaço na seleção de lá para cá.
Surpresas reaproveitam olímpicos
O modelo de aproveitar a base olímpica também se aplica às duas grandes surpresas da Copa até aqui. Ritsu Doan, que fez o gol que deu início à virada contra a Alemanha, foi o camisa 10 do Japão nos Jogos em casa. Estavam naquela campanha e agora disputam na Copa os jovens Itakura, Mitoma, Kubo, Tomiyasu, Tanaka, Ueda, Maeda, além dos veteranos Endo, Yoshida e Sakai. Um time inteiro que se repete e que tenta repetir o sucesso da campanha olímpica, quando o Japão chegou à semifinal e terminou em quarto.
No caso da Arábia Saudita, a campanha em Tóquio teve três derrotas, mas todas com placares apertados, e contra equipes mais tradicionais: Brasil, Alemanha e Costa do Marfim. E o elenco foi recompensado com nove daqueles jogadores chegando à Copa do Mundo, incluindo o experiente Salem Al-Dawsari, que foi capitão do time olímpico e fez o gol que deu origem à virada contra a Argentina.
No caminho contrário, Argentina e Alemanha, as duas grandes decepções da Copa até aqui, quase não aproveitam, no Qatar, os jogadores que jogaram as últimas Olimpíadas. O elenco alemão até conta com diversos atletas olímpicos, como Sule, Goretzka, Gnabry, Klostermann e Ginter, que foram medalhistas de prata na Rio-2016. Mas, do time que foi a Tóquio, só o lateral David Raum está na Copa — Goretzka chegou a ser convocado, mas se machucou. No Qatar, o elenco alemão até conta com outros seis jogadores que eram sub-24 no ano passado, mas nenhum foi lembrado para os Jogos.
Já a Argentina só repete dois jogadores, talvez os dois mais desconhecidos do elenco que está na Copa. O meia Alexis Mac Allister, que foi o camisa 10 em Tóquio, e o atacante Thiago Almada, que joga na MLS e foi convocado de última hora para a Copa. A seleção argentina, porém, conta com jogadores que foram olímpicos em anos anteriores, como Messi, Di Maria e Angel Correa.
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