Brasil quer evitar, mas tem plano para usar Neymar no sacrifício na Copa
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Há um plano B para que a seleção brasileira use Neymar mais rápido do que o previsto na Copa do Mundo. Originalmente, a ideia do departamento médico é dar o máximo de tempo possível para o jogador se recuperar da lesão no tornozelo direito. A reportagem do UOL apurou, porém, que se o Brasil estiver em uma situação complicada na competição, ele e a seleção estão preparados para fazer um sacrifício e entrar em campo.
É por isso que o departamento médico da seleção não deu prazo de retorno para ele ou para Danilo. Não é possível afirmar que eles não voltam na disputa, mas a delegação também considera inviável falar que eles voltam para o mata-mata, uma vez que a vaga não está garantida.
Com uma lesão ligamentar e um edema ósseo no tornozelo direito, Neymar tem uma certeza: não enfrentará a Suíça na próxima segunda-feira, na 2ª rodada da fase de grupos do Mundial. Se o favoritismo for confirmado, também será poupado contra Camarões, no jogo que fecha a primeira etapa da competição.
A partir daí, o jogador fará testes mais intensos para estar no mata-mata. A previsão é que até lá ele não esteja com 100% de suas condições físicas, mas a chance de usá-lo cresce com o nível de dificuldade do adversário ou o risco de eliminação na Copa.
Se a luz vermelha se acender, Neymar será submetido a um tratamento de choque com infiltrações, faixas para segurar o tornozelo, estabilizadores que ajudam o jogador a se movimentar melhor e não sentir tanta dor —é uma situação parecida com a que vive Lionel Messi e a Argentina. A reportagem ouviu de médicos que trabalham com futebol que esse tipo de intervenção traz menos danos ao atleta do que antigamente e, por isso, é opção em casos do tipo.
Caso as partidas não fossem tão importantes, o prazo ideal para que o camisa 10 voltasse a trabalhar com bola seria de pelo menos 15 dias. Para a resolução desse problema, a ausência de trauma é essencial e jogando futebol isso é impossível. Não só pelo contato com o adversário, mas também pelas constantes mudanças de direção que exigem da articulação.
Em uma fase inicial de campeonato nacional, por exemplo, ele seria descartado para voltar no seu melhor estágio, mas a Copa do Mundo não permite essa espera. Passar esse período apenas na fisioterapia resultaria na ausência das partidas e também do ritmo de jogo desejável para atuar no mata-mata, que, em teoria, conta com adversários mais fortes.
Danilo também tem lesão de ligamento, mas muito mais leve. Ainda assim, a lógica é parecida para a situação de Neymar. A questão é que, na avaliação da comissão, Neymar é mais decisivo do que o lateral direito.
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