Topo

Melhor estreante entre favoritos da Copa, Brasil domina e prova força

Tite, técnico da seleção brasileira, na partida contra a Sérvia na Copa do Mundo - Nelson Almeida/AFP
Tite, técnico da seleção brasileira, na partida contra a Sérvia na Copa do Mundo Imagem: Nelson Almeida/AFP
Gabriel Carneiro, Igor Siqueira, Danilo Lavieri e Pedro Lopes

Do UOL, em Doha

25/11/2022 04h00

Classificação e Jogos

A seleção brasileira estreou na Copa do Mundo do Qatar com vitória por 2 a 0 sobre a Sérvia reconhecida até pelo técnico rival Dragan Stojkovic como fruto de uma atuação dominante no estádio de Lusail: "Não há nenhuma vergonha em perder para o Brasil. Foram melhores, foi uma vitória merecida."

Entre as seleções que iniciaram o Mundial tidas como favoritas, pode ter sido a melhor estreia: enquanto Argentina e Alemanha foram surpreendentemente derrotadas por Arábia Saudita e Japão, respectivamente, a Bélgica sofreu para ganhar de 1 a 0 do Canadá, França, Espanha e Inglaterra golearam as fracas Austrália, Costa Rica e Irã, o Brasil venceu a 21ª colocada do ranking da Fifa, que chegou à Copa depois de liderar o grupo das Eliminatórias Europeias que fez Portugal ir para a repescagem.

No ciclo da Copa do Mundo do Qatar, a Sérvia jogou nove vezes contra seleções que também estão no Mundial, com três vitórias, três empates e três derrotas. Já a seleção do Irã, 20ª colocada no ranking da Fifa e goleada pela Inglaterra na estreia, trouxe desempenho pior para o Qatar, com duas vitórias, três empates e duas derrotas, além de má fase recente.

Independentemente do recorte a respeito dos adversários das favoritas, a seleção brasileira fez estreia convincente no Qatar. Nas estatísticas mais superficiais já dá para ver o domínio: 24 finalizações contra cinco, sendo dez certas e nenhuma da Sérvia, e 59% de posse de bola diante de 41% dos europeus.

Em suas estatísticas oficiais, a Fifa refina esse dado de posse de bola numa atualização recente de leitura. São números que mostram uma seleção brasileira ainda mais dominante: em 48% do tempo de jogo — quase metade — a bola ficou só com o Brasil, enquanto a Sérvia teve possibilidade de construir jogadas em 33% do tempo. Nos outros 19% do jogo a bola não era de ninguém, os bate-rebates em que nenhuma seleção tinha real controle das ações.

Casemiro dá bote em Dusan Tadic, da Sérvia, na estreia da seleção brasileira na Copa do Qatar - NELSON ALMEIDA / AFP - NELSON ALMEIDA / AFP
Casemiro dá bote em Dusan Tadic, da Sérvia, na estreia da seleção brasileira na Copa
Imagem: NELSON ALMEIDA / AFP

"É da nossa característica manter naturalidade quaisquer que sejam as pressões. Foi estreia, teve uma série de resultados surpreendentes, certo? Última equipe a jogar, liga a TV com os caras jogando, gera ansiedade muito grande. Isso é humano. Mas é ter calma, discernimento. Se adquiriu confiança com o trabalho até agora, tenha coragem de continuar com confiança", comentou Tite logo após o jogo e antes de dizer como fez o Brasil mudar de postura do primeiro para o segundo tempo, quando o time fez dois gols.

"No intervalo eu trouxe para baixo o emocional, digo 'calma'. Para baixar a adrenalina, porque estavam na expectativa de ter que vencer. No outro Mundial saímos empatando e criou-se uma pressão."

O Brasil completou 585 passes durante a partida contra a Sérvia e teve um índice de acerto de 90%. É o que Tite gosta de chamar de "pé de pelica" esse passe direcionado, certo, feito a partir de um domínio tranquilo e sem chance de erro.

Qual foi o gol mais bonito da primeira rodada da Copa do Mundo do Qatar?

Resultado parcial

Total de 5060 votos
89,15%
Michael Steele/Getty Images
2,85%
REUTERS/Marko Djurica
0,16%
Anadolu Agency/Anadolu Agency via Getty Images
0,67%
Clive Mason/Getty Images
4,39%
Robert Cianflone/Getty Images
2,79%
Getty Images

Neymar e Danilo desfalcam a Seleção Brasileira na Copa; colunistas analisam impacto em esquema tático de Tite. Confira: