Lewa, Mbappé e Messi: craques acordam e são decisivos no Qatar
Classificação e Jogos
Eles são estrelas em seus clubes, mas nem sempre conseguem fazer o mesmo em suas seleções.
Hoje, a Copa do Mundo ganhou um ar de Champions League com as atuações decisivas do polonês Robert Lewandowski, do francês Kylian Mbappé e do argentino Lionel Messi.
Os três craques despertaram de vez e foram determinantes nas vitórias dos seus países na rodada deste sábado (26) na Copa do Mundo do Qatar.
A primeira de Lewa
Atacante experiente, com 34 anos e uma brilhante carreira pelo Bayern de Munique, o polonês de 1,85 metro, que veste a camisa do Barcelona, entrou em campo hoje pela quinta vez em uma Copa do Mundo, até finalmente balançar as redes.
Lewa teve, tranquilamente, sua maior atuação em um Mundial na vitória por 2 a 0 sobre a Arábia Saudita na manhã deste sábado, no estádio Education City. No primeiro tempo, ele deu uma assistência para Zielinski abrir o placar aos 39 minutos.
No minuto 82, com o oportunismo de sempre, ele colocou números finais no triunfo que teve também sua dose de sorte. A Arábia desperdiçou um pênalti no primeiro tempo.
Com o resultado, os poloneses se tornaram os líderes do Grupo C, com quatro pontos, e encaram agora a Argentina na próxima quarta-feira (30), às 16h (de Brasília), em Doha.
Exterminador de tabus
Atual campeã do mundo, a França se tornou a primeira seleção a se classificar matematicamente para as oitavas de final da Copa do Mundo de 2022.
E os Bleus contaram com o brilho de quem foi também o destaque da conquista da Rússia, em 2018: o atacante Kylian Mbappé, autor dos dois gols da vitória por 2 a 1 sobre a Dinamarca, no Estádio 974, em Doha, pela segunda rodada do Grupo D.
Com os dois de hoje, Mbappé agora soma três no Qatar, dividindo a artilharia com o equatoriano Enner Valencia.
A França foi bem superior, e uma estatística só dá dimensão da vantagem dos atuais campeões do mundo: foram 12 chutes franceses no primeiro tempo, diante de apenas dois da Dinamarca.
Mbappé inaugurou o marcador no início da segunda etapa, mas viu a rápida resposta da Dinamarca. Nervosismo? Não para o craque do PSG, que a quatro minutos do fim voltou a esbanjar sua classe para definir o 2 a 1.
A França, com sua classificação, enterrou a "maldição dos campeões". Itália (2010), Espanha (2014) e Alemanha (2018) eram as campeãs vigentes nos três Mundiais anteriores e caíram fora ainda na primeira fase.
Por coincidência da tabela, ele, nas oitavas, pode cruzar com a Polônia de Lewandowski ou a Argentina de Messi, que se enfrentam na rodada final do Grupo C e decidem a ordem do seu grupo já pensando no que fazer para escapar dos franceses (líderes do D) nas oitavas.
O maior dos alívios
A Argentina penava e sofria com o México com o 0 a 0 que poderia complicar sua classificação.
Mas Lionel Messi, em uma partida até então discreta, brilhou com um chute cheio de categoria para colocar o 1 a 0 no marcador aos 19 minutos do segundo tempo, gritando com fúria e expressando todo o alívio que ele e a Argentina passariam a ter a partir dali.
O 2 a 0 também foi bonito, com Enzo Fernández, volante ex-River Plate que hoje encanta a Europa defendendo a camisa do Benfica.
Com o gol deste sábado, Messi chegou ao seu segundo no Mundial (havia anotado de pênalti também contra a Arábia Saudita, na derrota da estreia). Agora ele soma agora 93 tentos com a camisa azul e branca, sendo o artilheiro disparado da seleção (Gabriel Batistuta, o segundo, tem 56).
Messi igualou o recorde de Diego Maradona e tem agora 21 partidas disputadas em Copas, recorde entre os atletas de seu país.
Sua atuação neste sábado foi exaltada pelo técnico Lionel Scaloni, que era jogador no seu início em Mundiais: "Ele divide comigo a sensação de que joga mais que um jogo de futebol".
A Copa do Mundo do Qatar é a quinta e última da carreira do gênio argentino. Pelo que demonstrou hoje, quanto mais sua participação durar, melhor para a Copa e para os seus inúmeros fãs ao redor do mundo.
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