Messi olhou para o céu, clamou por Dios e foi guiado pela mão divina
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Foi significativo. Premeditado, talvez. Lionel Messi saiu para o intervalo do decisivo confronto com o México olhando para o céu, quase como se estivesse pedindo uma ajuda divina. Uma ajuda de Deus. De Dios. De Diego Armando Maradona.
A mão toda poderosa, sempre ela, foi esticada do paraíso aos 22 minutos do segundo tempo. Não se deixa Messi sozinho. Muito menos na entrada da área. Tampouco no dia seguinte ao aniversário de dois anos da morte do eterno Maradona.
Depois de uma primeira parte apagada, especialmente por causa da forte marcação, o capitão voltou diferente para os 45 minutos finais. Possivelmente porque não havia conseguido homenagear o ídolo da fanática nação argentina, assim como fizeram os torcedores no minuto 10.
Empatar com os mexicanos era um risco demasiado elevado. O craque transformou então a revolta em força de vontade. O incômodo em rede a balançar. O simbólico pedido de apoio em festa azul e branca nas abarrotadas arquibancadas do Lusail Stadium.
Justificou a si próprio. Fez um gol digno da grandeza daquele que joga no Qatar a sua quinta e última Copa do Mundo. Um lance histórico para apagar - ou amenizar - o seu primeiro último ato: a decepcionante derrota na estreia, por 2 a 1, diante da Arábia Saudita.
Um chute forte e rasteiro foi o tributo de Lionel Messi para Diego Maradona. Ochoa, também sempre ele, ficou pelo caminho. Honestamente, não havia nada e ninguém que pudesse desviar uma bola teleguiada por outro plano. Por outra dimensão.
Se Deus escreve certo por linhas tortas, Dios não. Conduziu de onde quer que esteja o remate de Messi em linha reta. Contínua. Assim como potencialmente a caminhada da Argentina na Copa, agora com três pontos: 2 a 0 no placar contra o México e a segunda colocação no Grupo C.
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