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Profecia de Tite se concretiza: rivais têm medo do Brasil mesmo sem Neymar

Gabriel Carneiro, Igor Siqueira, Danilo Lavieri e Pedro Lopes

Do UOL, em Doha (Qatar)

26/11/2022 19h00

Classificação e Jogos

No último ano de preparação do Brasil para a Copa do Mundo, a geração que Tite apelidou de "perninhas rápidas" tomou conta da seleção brasileira e virou a sensação de boa parte da torcida. Em praticamente todas as coletivas, conversas informais, entrevistas e no dia a dia com seus companheiros, o comandante fez uma profecia que agora se concretiza mesmo com a lesão de Neymar para enfrentar a Suíça.

Com tantas opções para o seu ataque, o comandante apostava que os rivais se assustariam com o poder de fogo do Brasil, especialmente durante os 90 minutos. "Imagina os caras com a língua de fora, olha para a beira do campo e tem tudo aquilo entrando" é uma das variações de frase dita pelo comandante quando olhava para seu plantel com nomes como Antony, Rodrygo, Vini Jr, Gabriel Martinelli e Raphinha.

Agora sem Neymar, o Brasil perde a grande estrela da companhia, aquele que está estampado em todos os cartazes por Doha como garoto propaganda da Copa, mas ainda assim assusta o adversário por conta das opções que têm de reposição. Foi justamente esse o desabafo de Nico Elevedi, zagueiro suíço.

"Isso não muda muito para nós. Eles têm jogadores 'top' suficientes que podem jogar nessa posição. Vou dormir exatamente como sempre. Não vou dormir melhor porque o Neymar não vai jogar. Sabemos que é um adversário muito difícil... O Brasil é um dos favoritos, mas estamos ansiosos. Estamos prontos para esta partida", analisou.

Foi a mesma linha do auxiliar técnico da Suíça, Vincent Calvin, que falou no dia após a vitória por 2 a 0 contra a Sérvia. "Nós só temos que pensar em preparar nossa equipe com ou sem Neymar, porque, se o Neymar não puder jogar, um outro jogador muito bom vai entrar. Por isso, temos que estar concentrados, porque, como disse, penso que Neymar é um jogador fantástico, mas o Brasil só tem jogadores fantásticos", afirmou. "Se o Brasil jogar como foi ontem (quinta), vai ser difícil para a gente fazer algo".

Logo após a vitória na estreia, o técnico da Sérvia, Dragan Stojkovic, falou sobre a amostragem para que o Brasil tenha muito mais opções de bons jogadores mesmo após lesões importantes como a de Neymar. "Não somos um país de 210 milhões de habitantes. Desfalques custam mais para nós".

O discurso das várias opções para Tite também é adotado pela comissão técnica e pelos próprios jogadores da seleção. No mesmo dia em que o camisa 10 se machucou, ainda antes do diagnóstico, os atletas já falavam que estavam prontos para assumir a responsabilidade.

Sem Neymar, o Brasil deve ir com Rodrygo entre os titulares. É isso o que pensa a comissão técnica da seleção brasileira para que o sistema de jogo não seja tão alterado em relação à estreia. Vale lembrar que o jogador já cumpriu essa função em treinos da seleção e até mesmo em jogos do Real Madrid.

Arnaldo Ribeiro, Eduardo Tironi, Juca Kfouri, José Trajano, Casagrande e Milly Lacombe debatem os destaques da Copa do Mundo do Qatar no Posse de Bola ao vivo

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