Topo
OPINIÃO

Bom jogador, Zé Roberto não deslancha como comentarista da Globo na Copa

Zé Roberto é um dos comentaristas da Globo - Reprodução
Zé Roberto é um dos comentaristas da Globo Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

28/11/2022 04h00Atualizada em 28/11/2022 07h16

Classificação e Jogos

A Globo reforçou seu time de comentaristas esportivos com jogadores, em atividade ou recentemente aposentados. Entre eles, uma das decepções é Zé Roberto, que parece não estar confortável na telinha.

Não há dúvidas de que Zé Roberto entende de futebol. Ele é ídolo de times como Bayern de Munique, Grêmio e Palmeiras, conquistou títulos importantes por onde passou e defendeu a seleção brasileira entre 1995 e 2006. Mas bom desempenho na TV não depende só disso.

Falar ao vivo em uma transmissão é difícil, exige preparação e experiência. E Zé parece ter tido seu desenvolvimento na função apressado. Quando acionado pelos narradores, aparenta a insegurança normal de quem está se adaptando. Essa insegurança gera dificuldade para completar os raciocínios e o que ele fala acaba difícil de compreender.

Com isso, os comentários às vezes ficam contraditórios. Zé parece estar pensando uma coisa, mas a velocidade da transmissão e do futebol mudam tudo. A troca de nomes ou chamar o jogador de "camisa 14" também é fruto disso.

A estreia de Zé como comentarista foi em agosto, em Palmeiras x Flamengo, pelo Campeonato Brasileiro, também sem uma atuação brilhante. Mesmo assim, três meses depois ele chegou à Copa do Mundo, com uma audiência muito maior do que a do futebol do dia a dia.

É claro que ainda há espaço para melhorar, tudo é questão de ajuste. A chave parece ser simplificar o que se fala: frases curtas, explicações mais diretas e pronto. Aos poucos, a experiência passa a permitir análises mais complexas que ele consegue fazer quando as câmeras estão desligadas.

Zé Roberto volta a comentar hoje cedo, na partida entre Camarões e Sérvia, pela segunda rodada da fase de grupos da Copa. Ele estará com Renata Silveira, Richarlyson e Sálvio Spinola.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL