Topo
OPINIÃO

Arnaldo Ribeiro: Luis Enrique é o personagem da Copa do Mundo até o momento

Colaboração para o UOL

29/11/2022 19h35

Classificação e Jogos

A Espanha é uma das seleções que desponta como favorita para conquistar a Copa do Mundo. Comandada pelo técnico Luis Enrique, a equipe goleou a Costa Rica por 7 a 0 e depois empatou com a Alemanha por 1 a 1.

No Posse de Bola, programa que o UOL Esporte transmite diariamente às 18h durante a Copa do Mundo, o comentarista Arnaldo Ribeiro falou sobre o técnico espanhol, principal revolucionário do futebol da seleção para ele.

"O técnico que revolucionou a seleção espanhola não foi Guardiola, foi Luis Enrique. Tudo bem, bebeu da fonte do Barcelona, mas é um treinador que gosta do jogo mais rápido, mais vertical".

Durante a Copa, Luis Enrique está se comunicando diretamente com os torcedores através de lives na Twitch. Essa é mais uma maneira do técnico se mostrar diferente dos demais comandantes no Mundial. "Ele (Luis Enrique) é o personagem da Copa, porque de fato a seleção dele joga diferente das outras e ele adotou uma forma de comunicação diferente de qualquer outra pessoa falando direto de temas de uma forma sem filtro. Quem puder ver as lives, é sensacional", disse Arnaldo.

Casagrande: Kane é 'carta na manga' para Inglaterra crescer

Holanda e Inglaterra comprovaram o favoritismo e passaram em primeiro lugar dos respectivos grupos na primeira fase da Copa do Mundo. O colunista Casagrande falou sobre as duas seleções europeias e colocou o time inglês com mais chances de conquistar o título mundial, especialmente pela presença de Harry Kane.

"A Inglaterra ainda tenho uma expectativa que melhore porque o Kane não fez gols na primeira fase, e ele é um artilheiro, o principal jogador, gosto pela inteligência futebolística. Pensando que um cara como o Kane dificilmente fique sem fazer um gol em uma Copa do Mundo, então acho que a Inglaterra tem um pouco mais de esperança de alguma coisa".

Trajano: Tiago Leifert narrar Irã e EUA foi uma ironia

Em duelo cercado de expectativa devido à rivalidade política, os EUA venceram Irã por 1 a 0 e se classificaram às oitavas de final da Copa. José Trajano disse que o fato de Tiago Leifert, da SporTV, ter sido escolhido para narrar o jogo foi uma "ironia". O narrador já disse publicamente que, em sua opinião, futebol e política não deveriam se misturar.

"Teve uma ironia hoje na transmissão desse jogo tão esperado entre Irã e EUA, porque futebol não se mistura com política como vocês sabem né. Sabe quem narrou o jogo aqui para o Brasil¿ Tiago Leifert, vejam vocês o que é a natureza, como diria Zé Trindade", ironizou Trajano.

"Sempre o melhor". Seleção brasileira tem soberba?

Casagrande criticou a maneira com que os jogadores brasileiros se relacionam entre si. Para o comentarista, há um exagero na forma que os atletas são vistos sempre como os melhores e nunca acompanhados por outros futebolistas.

"Acho que a seleção brasileira já vem com uma certa soberba. Casemiro fez um golaço, mas para o Neymar já é 'o melhor' volante do mundo, mas agora, depois do gol, porque antes do gol nunca falou. A gente justifica sempre alguma coisa de bom que os jogadores fazem, exagerando na dose. Tudo aqui no Brasil é "O (melhor)". O Neymar é 'o', o Casemiro é 'o', o Richarlison é 'o'. Nunca no futebol brasileiro, entre eles, o companheiro é 'um dos', é sempre 'o'. E isso é soberba".

Casão: Brasil deveria ter um psicólogo na comissão técnica

Formada por mais de dez pessoas, a comissão técnica da seleção brasileira no Qatar não conta com nenhum profissional de saúde mental -tema cada vez mais recorrentes entre os atletas. O colunista Casagrande criticou o fato de a comissão de Tite não ter um psicólogo e chamou a atenção para a importância do tema.

"Eu sempre defendo psicólogo. O lance de psicólogo numa comissão técnica, é que atinge muitas coisas que não as pessoas sabem. Por exemplo, o jogador tem medo numa véspera de jogo, tem ansiedade, fica impulsivo, tem insônia nervosa, todas as sensações que o cidadão comum tem na véspera de algo importante, o jogador também sente. Sou contra o Brasil não ter um psicólogo, o futebol brasileiro é muito resistente a isso", analisou.

Assista ao Posse de Bola na íntegra