Homem que invadiu campo com bandeira LGBTQIA+ é banido da Copa do Qatar
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O italiano Mario Ferri, que invadiu ontem (28) o campo durante a partida entre Portugal e Uruguai com uma bandeira LGBTQIA+, foi banido da Copa do Mundo do Qatar. O homem de 35 anos foi liberado nesta manhã (29), mas teve seu Hayya Card — documento que permite a entrada e permanência de estrangeiro no país durante o torneio — revogado pelo Comitê Supremo para Entregas e Legado da Copa do Mundo e não poderá mais comparecer a nenhum jogo do Mundial.
"Após a invasão de campo que aconteceu ontem no jogo Portugal x Uruguai, confirmamos que o indivíduo envolvido foi liberado logo após ser retirado do campo. Sua embaixada foi informada. Como consequência de suas ações, e sendo a prática padrão, seu Hayya Card foi cancelado e ele foi banido de participar de futuras partidas neste torneio", afirmou a organização, em notas enviadas aos jornais 'The Guardian' e 'The Athletic'.
Além de portar a bandeira com as cores do arco-íris, Ferri invadiu o gramado do Estádio Lusail vestindo uma camisa do herói fictício 'Super Man' com mensagens de protestos estampadas. "Salvem a Ucrânia" estava escrito na frente, enquanto "Respeito pelas mulheres iranianas" aparecia atrás. Ele chegou a percorrer o gramado, mas foi rapidamente imobilizado pelos seguranças e removido do local.
Após ser liberado, ele se pronunciou nas redes sociais. "Quebrar as regras por uma boa causa nunca é crime. O mundo deve mudar. Podemos fazer isso juntos com fortes gestos que vêm do coração. Com coragem. Queremos um mundo livre que respeite todas as raças e ideias [...] Obrigado por todas as mensagens de amor vindas do mundo", escreveu, em seu Instagram.
A invasão de campo de ontem não foi um caso isolado para Ferri, que é "especialista' no quesito. O italiano já invadiu outras partidas da Copa do Mundo nas edições de 2010, na África do Sul, e na de 2014, no Brasil.
O protesto do homem aconteceu em um país que possui fortes restrições. No Qatar, a homossexualidade é considerada infração à lei. O debate e o posicionamento do público presente no Mundial sobre o assunto geraram inúmeras polêmicas, com proibições de bandeiras nas cores do arco-íris nos estádios e de ações planejadas pelos jogadores, como no caso do uso da braçadeira de capitão em apoio à diversidade.
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