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Seleção reencontra VAR na Copa do Qatar após reclamação formal em 2018

Vini Jr. lamenta gol anulado na partida entre Brasil e Suíça, pela Copa do Mundo do Qatar - Julian Finney/Getty Images
Vini Jr. lamenta gol anulado na partida entre Brasil e Suíça, pela Copa do Mundo do Qatar Imagem: Julian Finney/Getty Images
Gabriel Carneiro, Igor Siqueira, Danilo Lavieri e Pedro Lopes

Do UOL, em Doha

29/11/2022 04h00

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Vini Jr. imitou a careta do Neymar na comemoração, mas a cara feia mesmo veio quando percebeu que teve um gol anulado após decisão do VAR diante da Suíça.

No segundo jogo da Copa do Mundo 2022, o Brasil teve seu primeiro encontro com o árbitro de vídeo no Qatar. O resultado foi frustrante. Mas não incorreto, já que houve participação de Richarlison na jogada em que Vini balançou as redes e o atacante do Brasil estava em posição de impedimento na origem dela.

De qualquer forma, a anulação do gol traz reminiscências não tão boas sobre a relação do Brasil com o VAR da Copa do Mundo. O primeiro encontro em 2018, na Rússia, foi bem problemático.

Quatro anos atrás, diante da mesma Suíça, um gol sofrido após o zagueiro Miranda receber um empurrão de Züber. A arbitragem validou, o que motivou reclamação formal da CBF depois da partida, que terminou 1 a 1.

No jogo contra o México, pelas oitavas de final, Neymar sofreu um pisão de Layún fora do campo e a arbitragem não deu nem amarelo. Já na eliminação diante da Bélgica, uma entrada de Kompany em Gabriel Jesus na área chegou a ser checada pelo VAR, mas o pênalti não foi marcado.

Em 2018, o VAR era uma novidade no ambiente do futebol. Quatro anos depois, a Fifa já teve mais tempo para aperfeiçoar a ferramenta, inclusive acrescentando a checagem semiautomática de impedimento.

Contra a Suíça, o posicionamento adiantado de Richarlison era flagrante, mas a arbitragem de campo deixou seguir inicialmente porque a dinâmica da jogada foi capciosa. Depois que a cabine percebeu a interferência do atacante brasileiro na disputa com a defesa suíça antes de a bola chegar a Vini Jr, não restou dúvida sobre a irregularidade no lance.

Antes de a bola rolar no Qatar, a seleção brasileira recebeu orientações de Wilson Seneme, presidente da comissão nacional de arbitragem, sobre as implantações recentes da Fifa para a área do apito e do VAR.

O próximo encontro do Brasil com os árbitros - de campo e cabine - é na sexta-feira (2), às 16h (de Brasília), quando enfrenta Camarões, encerrando a participação na fase de grupos. A seleção de Tite já está classificada às oitavas de final.