Diferentemente de você e eu, Messi pode falhar e ainda assim brilhar
Classificação e Jogos
Lionel Messi muitas vezes até parece ser de outra galáxia, mas, no fundo, é um ser humano. Especial. Único. Histórico. Dos maiores e melhores de todos os tempos.
Erra como eu e você. Como todos nós. Porém, é um ser humano totalmente diferente. Se torna grande quando acerta e ainda maior quando erra.
Já são 20 anos fazendo por merecer tamanha moral. Duas décadas de glórias marcantes e também de frustrações que, sinceramente, não tardam por passar despercebidas.
"Sofreu" e falhou um pênalti que poderia ter colocado tudo a perder diante da Polônia. Flertou com a melancólica eliminação. Levantou a cabeça e insistiu.
Não desistiu especialmente porque teve o nome gritado prontamente pelas arquibancadas do Stadium 974, após ver Szczesny fazer uma defesa, quem diria, de outro mundo.
Colecionou as mais variadas oportunidades desperdiçadas durante os 90 minutos. Assim como aplausos, saudações e cânticos eufóricos de idolatria. Tudo na mesma proporção. Uma sincronia caída do céu.
Fez, inclusive, aquilo que raramente faz: furar um chute. Sim, chutou o ar. Para ele, um lance para somar na contagem de uma única mão. Para os torcedores argentinos, praticamente um gol de placa.
Diferentemente dos duelos com Arábia Saudita e México, não marcou contra os poloneses. Não foi preciso. Houve outros companheiros a assumirem o papel de estrelas.
Foi um irreconhecível coadjuvante de luxo numa noite de gala de Alexis Mac Allister e Julián Álvarez. Uma digna constelação azul e branca que afastou a escuridão no Qatar.
A sua Argentina venceu por 2 a 0, assumiu a liderança do Grupo C e, consequentemente, garantiu a classificação às oitavas de final da Copa do Mundo de 2022.
Tem pelo menos mais uma partida pela frente para ser um reles mortal. Obviamente, não como os demais. A realidade do futebol agradece.
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