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Repórter assediada em 2018 se emociona ao ganhar rosa de torcedora no Qatar

Julia Guimarães, repórter do Grupo Globo, ganha flor de torcedora em Copa do Mundo do Qatar - Reprodução/Twitter
Julia Guimarães, repórter do Grupo Globo, ganha flor de torcedora em Copa do Mundo do Qatar Imagem: Reprodução/Twitter

Do UOL, em São Paulo

30/11/2022 00h26

Classificação e Jogos

A repórter Julia Guimarães, do Grupo Globo, se emocionou ao receber uma rosa vermelha de uma torcedora do Equador antes do jogo contra Senega, ontem (29), pela terceira e última rodada da fase de grupos da Copa do Mundo do Qatar. O episódio acontece pouco mais de quatro anos após a jornalista ser assediada enquanto trabalhava no Mundial da Rússia.

Em depoimento compartilhado pelo Twitter do sportv, Julia conta que foi abordada pela torcedora enquanto estava ao vivo no "Redação sportv", levando informações sobre o jogo pelo Grupo A do Mundial do Qatar. Ela recordou o assédio em 2018 e celebrou a presença de mulheres — torcedoras e profissionais — na Copa de 2022.

"Oi, gente, tudo bem? Dia foi bastante corrido aqui no Qatar, como todos têm sino na verdade e eu mal tive tempo de vir aqui para falar sobre uma situação muito especial que eu vivi hoje no pré-jogo de Equador e Senegal. Eu estava ao vivo no Redação sportv e uma torcedora me deu essa rosa de presente", iniciou a jornalista.

Em 2018, Julia quase foi beijada por um torcedor enquanto aguardava para entrar ao vivo em um link no programa "Esporte Espetacular". Vítima de assédio, a jornalista — que cobria uma Copa pela primeira vez — deu uma bronca no homem e pediu respeito.

"Há quatro anos, eu vivi uma situação completamente diferente, na Copa da Rússia, em 2018. Que diferença, né? Quatro anos depois, ao vivo, passar por uma situação assim tão especial, isso só mostra o tanto que nós, mulheres, temos que ocupar todos os espaços. Mulher tem que estar onde ela quiser, mulher tem que fazer o que ela quiser. Tem sido muito especial ver as mulheres aqui na Copa do Mundo. Por mais que ainda existam países que proíbem mulheres de ir ao estádio, cada mulher que eu vejo aqui eu fico muito feliz. Mulher não só na torcida, mulher trabalhando, jornalista, assim como eu", comentou a repórter.

"Que a gente siga assim, apoiando umas as outras, fazendo gentilezas umas com as outras, porque só juntas conseguiremos conquistar tudo que a gente merece, e foi muito especial. Só vindo aqui para dizer isso mesmo. Vamos juntas. Vamos juntas sempre", encerrou Julia.

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