Eles jogaram a Copa de 2002. 20 anos depois, brilham como técnicos no Qatar
Classificação e Jogos
Louis Van Gaal, de 71 anos, que levou a Holanda às oitavas de final no Qatar, é exceção em uma Copa do Mundo onde boa parte dos treinadores é de uma geração que estava no auge da forma no Mundial de 2002, quando o Brasil conquistou o penta. Dos quatro técnicos que levaram suas equipes às oitavas de final na rodada de ontem (29), três disputaram a Copa no Japão e na Coreia como jogadores.
O próprio Van Gaal tinha a expectativa de ir àquela Copa, que poderia ser a sua primeira como técnico, mas ele não conseguiu classificar a Holanda e acabou demitido. Duas décadas depois, já colocou seu país pelo menos nas oitavas de final, assim como três técnicos bem mais jovens que ele.
Gregg Berhalter, dos EUA, seu rival na próxima fase, tem 49 anos. Gareth Southgate, da Inglaterra, tem 52, enquanto Aliou Cissé, de Senegal, tem 46. E a lista pode aumentar com o espanhol Luis Enrique, 52, o português Paulo Bento, 53, e o senegalês Rigobert Song, 46, que também estavam na Copa de 2002, todos como protagonistas de suas seleções.
O marroquino Walid Regragui, 47, jogou as Eliminatórias e só não foi àquele Mundial porque seu time perdeu a partida decisiva para Senegal de Cissé. Murat Yakin, 48, pela Suíça, e Otto Addo, 47, por Gana, também jogaram as Eliminatórias como titulares, mas suas seleções não se classificaram. Já Diego Alonso, 47, ajudou o Uruguai a se classificar, mas acabou fora do Mundial.
A lista ainda aumenta com o argentino Lionel Scaloni, 44, que só chegou à seleção um ano depois, enquanto o "veterano" do grupo, Didier Deschamps, se aposentou um ano antes. Só não jogou as Eliminatórias porque a França, campeã com ele no time em 1998, tinha vaga direta.
O Brasil, que tem no ex-jogador Zagallo um dos maiores técnicos de sua história, há décadas não consegue repetir o modelo. Paulo Roberto Falcão não ficou nem um ano no cargo no começo dos anos 1990, Emerson Leão ainda menos uma década depois, e Dunga até treinou a seleção por longos seis anos, em duas oportunidades diferentes, mas ficou manchado por dois fracassos em Copas.
Agora, a comissão técnica de Tite tem quatro ex-jogadores, um deles da geração do penta: Juninho Paulista é coordenador de seleções. Além deles, estão no Qatar o ex-volante Cesar Sampaio, que é auxiliar de Tite e jogou em 1998, o ex-zagueiro Ricardo Gomes, observador técnico, que disputou as Copas de 1990 e 1994, e o ex-goleiro Taffarel, preparador de goleiros, que jogou em 1990, 1994 e 1998.
Dos pentacampeões, o único que tem carreira consolidada como treinador é Rogério Ceni, atualmente no São Paulo. No clube do Morumbi, ele terá a companhia de Belletti, contratado para ser o treinador do sub-20. Roque Junior chegou a treinar brevemente o XV de Piracicaba e o Ituano, sem sucesso. Está no Qatar comentando a Copa para a Globo.
Rivais do penta
Técnico da ofensiva seleção inglesa, dona do melhor ataque da Copa do Mundo do Qatar até aqui, Gareth Southgate foi zagueiro da Inglaterra na Copa do Mundo de 2002. Figurinha carimbada na seleção há anos, com o Mundial de 1998 no currículo, foi reserva dos badalados Rio Ferdinand e Sol Campbell na Coreia e no Japão. Na época, era companheiro de Juninho no Middlesbrough. Encerrou a carreira neste mesmo clube, em 2006, onde começou a trabalhar como treinador.
Berhalter, técnico da seleção dos EUA, foi o camisa 3 da equipe na disputa da Copa de 2002, quando os norte-americanos alcançaram as quartas de final, melhor campanha desde o terceiro lugar no Mundial de 1930. O zagueiro jogou em uma incipiente liga americana antes de fazer carreira na Holanda. Em 2002, já estava na Inglaterra, onde defendeu, sem brilho, o Crystal Palace, na segunda divisão inglesa. Depois, jogou em clubes pequenos da Alemanha antes de se aposentar no Los Angeles Galaxy, na MLS.
Aliou Cissé era o capitão e um dos grandes nomes do time de Senegal que chocou o mundo vencendo a França, atual campeã, na estreia da Copa de 2002. Com carreira no futebol francês, havia sido colega de equipe de Ronaldinho Gaúcho no PSG. Ainda naquele ano, seria vice-campeão da Copa das Nações Africanas, mas perdeu pênalti na decisão.
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