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RMP e Casão criticam time reserva contra Camarões: 'É um torneio curto'

30/11/2022 09h30

Classificação e Jogos

Já classificada para as oitavas de final da Copa do Mundo do Qatar, a seleção brasileira joga na sexta-feira (02) conta Camarões, valendo apenas a confirmação da primeira posição do Grupo G. Para este jogo, Tite deve mandar apenas reservas para o campo.

No UOL News Copa, transmitido todos os dias às 9 horas (de Brasília), os comentaristas Renato Maurício Prado e Walter Casagrande Jr. criticaram a provável decisão da comissão técnica em poupar os jogadores.

"Eu estou achando meio estranho essa história de colocar o time reserva inteiro. Eu acho que faria sentido ele usar alguns reservas, ele poupar alguns titulares que estivessem mais desgastados. Mas botar o time reserva inteiro não faz nenhum sentido na minha cabeça. Até parece que a seleção brasileira, a titular, está voando", disse RMP.

Para Casagrande, o time considerado titular pode sentir uma falta de ritmo de jogo após ficar uma semana sem entrar em campo.

"Eu não pouparia não. Até porque, é assim, o último jogo, com o Brasil já classificado, ele faz parte de uma preparação de ritmo de jogo para as oitavas. Então você vai tirar todos os titulares do jogo de sexta. Eles vão ficar sem jogar uma semana. Uma semana sem que os titulares joguem. Eu acho muito para uma competição importantíssima, superdifícil, que o adversário das oitavas vai jogar na sexta com o titular e vai chegar na segunda-feira cheio de moral e cheio de energia", disse Casão

Treino fechado e reservas

A seleção brasileira faz um treino completamente fechado para a imprensa. Durante o trabalho, Tite vai definir o time que enfrenta Camarões que, apesar de ser formado inteiramente por reservas, ainda tem indefinições.

"Entre os goleiros vai jogar o Éderson mesmo. Em relação ao resto do time as grandes dúvidas são com relação ao ataque e ao meio de campo. Quais são as opções? Poderia jogar um time com Éverton Ribeiro armando, no papel de 10, com o ataque formado por Antony, Gabriel Jesus e Martinelli. Tem uma outra opção, do ataque ser formado por Antony, Rodrygo e Gabriel Jesus", disse Danilo Lavieri

E os lesionados?

A comissão técnica também faz mistério sobre a chance de Neymar e Danilo voltarem durante a disputa da Copa do Mundo. Os dois seguem fazendo tratamento, mas não existe uma informação oficial sobre a expectativa de retorno de ambos.

"No caso do Danilo e do Neymar essa vitória contra a Suíça foi muito importante. Para que eles pudessem ter mais tempo de recuperação sem esforço. Como a gente já tem falado nos programas, a estratégia da comissão e do departamento médico era recuperar os dois o mais rápido o possível, mas se fosse preciso um sacrifício, eles iriam. Se o Brasil precisasse ganhar de Camarões a todo custo, era possível que a gente visse os dois, enfaixados, com remédios...", disse Lavieri.

Jogo da vida para Polônia e Argentina

Argentina e Polônia se enfrentam hoje (30), às 16 horas, na última rodada do Grupo C. Os poloneses lideram a chave com 4 pontos, um a mais do que a Argentina, segunda colocada empatada com a Arábia Saudita.

O repórter Thiago Arantes trouxe as informações deste jogo, em que o técnico Lionel Scaloni faz mistério sobre a escalação do time, que pode ter três alterações com relação à equipe que jogou nas duas primeiras rodadas.

A Inglaterra pode sonhar?

Classificada na primeira posição de seu grupo, a Inglaterra vai encarar a Senegal nas oitavas de final, no próximo domingo (4). Apontada como uma das candidatas ao título, a equipe conta com a confiança de Casagrande, já que contam com um trunfo pronto para brilhar.

"Eles têm uma carta na manga, que é justamente o Kane, que ainda não fez gols ainda, e é um cara que dificilmente fica sem fazer gols por muito tempo. Na Euro, se não me engano, ele ficou a primeira fase sem fazer gols também. A Inglaterra avançou, é a equipe que mais marcou, sem que seu artilheiro tenha feito ainda", disse.

Clima tenso em jogo do Irã

Domitila Becker contou no programa sua experiência na partida entre Estados Unidos e Irã, quando mulheres foram intimidadas e agredidas por protestarem contra o governo iraniano.

"Foi um clima muito tenso desde o momento em que eu entrei. Foi o jogo com mais policiais até agora. A revista foi muito forte. Na minha frente, na revista, não queriam deixar uma mãe com um bebê de colo entrar com um brinquedinho. E aí eu comecei a fazer umas imagens nas arquibancadas, e passei a ser perseguida por algumas pessoas, tiraram foto, foto do meu crachá", contou.

"Conversei com um pai que estava com duas crianças, uma de seis e outra de nove anos, que também não quis gravar entrevista por medo de ser perseguido, ter a família perseguida mesmo não mais morando no Irã, as crianças foram agredidas. Tiveram que tirar as camisetas", relatou.

"Acho que foi a cena mais triste que já vi como jornalista esportiva", completou.

Confira o programa na íntegra: