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Casão pede cautela com Neymar: 'Não dá para entrar, sentir e ter que sair'

01/12/2022 09h43

Classificação e Jogos

A seleção brasileira segue sua preparação para encarar Camarões, amanhã (2), às 16 horas (de Brasília), com um time formado por reservas. Os olhos da torcida, porém, seguem voltados para Neymar e a chance de jogar as oitavas de final da Copa do Mundo do Qatar.

No UOL News Copa, transmitido diariamente a partir das 9 horas da manhã, o comentarista Walter Casagrandes Jr. falou da importância de uma avaliação correta das condições físicas do jogador, para evitar que ele entre e volte a sentir a lesão.

"A comissão técnica, o departamento médico, é muito experiente, o Dr. Rodrigo (Lasmar) é um médico fantástico, e eles sabem muito bem que, se você vai colocar um cara no banco, o Neymar, nas oitavas, e se a coisa começar a complicar, você tem que ter certeza de que ele vai entrar e não vai pedir para sair em cinco minutos. Não vai entrar, dar o primeiro pique e sentir o tornozelo doer. Ou a primeira dividida e ele não conseguir jogar", disse

"Então tem que ser avaliado de verdade, com muito precisão, se vale a pena entrar em algum momento do jogo e correr o risco de sair em dois minutos. Só dá para entrar, ao meu ver, num mata-mata de Copa do Mundo, quando você tem certeza, mesmo não estando 100%, que ele não vai pedir para sair depois de três minutos. Senão você perde uma alteração", completou.

Neymar segue tratamento

Enquanto isso, Neymar segue fazendo seu trabalho de recuperação com o departamento médico. Ontem foram divulgadas imagens do jogador junto com Danilo trabalhando na piscina.

"Para as oitavas, na segunda-feira, ele vai estar longe das condições ideais, e aí eu acho que vai rolar a análise da comissão para saber o quanto vai ser necessário escalar ou não o Neymar. Acho que sem Neymar o Brasil consegue, entra em campo com o favoritismo contra Uruguai, Gana", disse o repórter Danilo Lavieri.

Não poupa ninguém

Casão reforça a ideia de que Tite não deveria poupar todo o time para o jogo de amanhã. O comentarista citou o exemplo da França, que poupou e acabou derrotada, mudando a imagem que o time tinha conquistado com um prensa e torcedores.

"Não jogou o primeiro tempo com a Sérvia e jogou bem o segundo. Com a Suíça o jogo foi ruim. Então eu não vejo motivos para depois de um jogo ruim você poupar titulares num terceiro jogo. E outra coisa, os jogadores estão no meio de uma temporada. Se estivessem no meio da Premier League, ninguém ia poupar", disse.

Recordes que não interessam

Com o time reserva, Daniel Alves será titular e se tornará, aos 39 anos, o jogador mais velho a vestir a camisa da seleção brasileira em uma Copa do Mundo. Para Renato Maurício Prado, essa história de recordes não interessa para ninguém.

"Sabe o que eu me lembro com essa história de recorde? A Copa de 2006. Todo mundo queria bater recorde. O Ronaldo de mais gols, o Cafu de partidas jogadas, e todo mundo só falava em recorde. Na hora H ninguém marcou o Henry e voltamos para casa mais cedo", disse.

Argentina na briga

Depois da derrota na estreia, contra a Arábia Saudita, a seleção argentina venceu seus dois jogos e garantiu a classificação para as oitavas de final, onde vai encontrar a Austrália. Nas quartas o desafio será contra o vencedor de Holanda e Estados Unidos. Então, nas semi, o Brasil pode aparecer pela frente.

"Esse que é o grande problema para nós brasileiros. Porque acho que o caminho para a semifinal da Argentina está muito interessante", disse. "Agora, o mais interessante é ver como a Argentina se reinventou durante a Copa. Eles chegam com a série invicta, aí perdem e o Scaloni sai a mexer no time. Cinco modificações no segundo jogo, quatro no terceiro e eu acho que ele agora encontrou a formação ideal".

Torcendo pela seleção

Polarizada e polêmica nos últimos anos, a camisa amarela da seleção brasileira voltou a viver seus melhores momentos com os torcedores. Ao menos é o que pensa o comentarista Xico Sá, que se impressionou com a transição rápida e contou sua experiência pessoal.

"Eu acho que pegou. Acho que a gente fez uma transição para a camisa amarela mais rápida do que eu imaginava. Eu vesti, no primeiro jogo, uma que foi presente do Capita, a camisa 4 do Carlos Alberto Torres. Estou usando ela, já com muita convicção. Acho que fizemos a transição mais rápido do que o esperado, mesmo depois desse conflito, a polarização", disse.

"Eu tenho um motivo particular também. Estou sendo puxado também. Minha filha de seis anos, a Irene, ela virou uma 'Pacheca', uma 'Pachequinha'. Então eu estou sendo puxado pela mão de uma criança. Então não tem como não estar empolgado.

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