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'Fui puxado pela mão de uma criança', diz Xico Sá sobre torcida pelo Brasil

01/12/2022 09h26

Classificação e Jogos

Em períodos conturbados e polarizados, a seleção brasileira parece ter conseguido um enorme feito na Copa do Mundo do Qatar. Se a camisa amarela era vista como assunto polêmico nos últimos anos, atrelada à manifestações políticas, agora parece que tudo mudou.

No UOL News Copa, transmitido diariamente às 9 horas (de Brasília), o comentarista Xico Sá falou de sua experiência pessoal e se mostrou impressionado com a rapidez com que todas as discussões foram deixadas de lado em prol da torcida pela seleção. Além disso, ele encontrou um motivo ainda mais especial para torcer.

"Eu acho que pegou. Acho que a gente fez uma transição para a camisa amarela mais rápida do que eu imaginava. Eu vesti, no primeiro jogo, uma que foi presente do Capita, a camisa 4 do Carlos Alberto Torres. Estou usando ela, já com muita convicção. Acho que fizemos a transição mais rápido do que o esperado, mesmo depois desse conflito, a polarização", disse.

"Eu tenho um motivo particular também. Estou sendo puxado também. Minha filha de seis anos, a Irene, ela virou uma 'Pacheca', uma 'Pachequinha'. Então eu estou sendo puxado pela mão de uma criança. Então não tem como não estar empolgado.

Cautela com Neymar

Para Walter Casagrande Jr., a seleção brasileira tem que ter cautela na maneira que lida com a lesão de Neymar. O comentarista falou sobre a possibilidade do craque brasileiro ficar pelo menos no banco de reservas do jogo de segunda-feira, pelas oitavas de final.

"A comissão técnica, o departamento médico, é muito experiente, o Dr. Rodrigo (Lasmar) é um médico fantástico, e eles sabem muito bem que, se você vai colocar um cara no banco, o Neymar, nas oitavas, e se a coisa começar a complicar, você tem que ter certeza de que ele vai entrar e não vai pedir para sair em cinco minutos. Não vai entrar, dar o primeiro pique e sentir o tornozelo doer. Ou a primeira dividida e ele não conseguir jogar", disse

Neymar segue tratamento

Enquanto isso, Neymar segue fazendo seu trabalho de recuperação com o departamento médico. Ontem foram divulgadas imagens do jogador junto com Danilo trabalhando na piscina.

"Para as oitavas, na segunda-feira, ele vai estar longe das condições ideais, e aí eu acho que vai rolar a análise da comissão para saber o quanto vai ser necessário escalar ou não o Neymar. Acho que sem Neymar o Brasil consegue, entra em campo com o favoritismo contra Uruguai, Gana", disse o repórter Danilo Lavieri.

Não poupa ninguém

Casão reforça a ideia de que Tite não deveria poupar todo o time para o jogo de amanhã. O comentarista citou o exemplo da França, que poupou e acabou derrotada, mudando a imagem que o time tinha conquistado com um prensa e torcedores.

"Não jogou o primeiro tempo com a Sérvia e jogou bem o segundo. Com a Suíça o jogo foi ruim. Então eu não vejo motivos para depois de um jogo ruim você poupar titulares num terceiro jogo. E outra coisa, os jogadores estão no meio de uma temporada. Se estivessem no meio da Premier League, ninguém ia poupar", disse.

Recordes que não interessam

Com o time reserva, Daniel Alves será titular e se tornará, aos 39 anos, o jogador mais velho a vestir a camisa da seleção brasileira em uma Copa do Mundo. Para Renato Maurício Prado, essa história de recordes não interessa para ninguém.

"Sabe o que eu me lembro com essa história de recorde? A Copa de 2006. Todo mundo queria bater recorde. O Ronaldo de mais gols, o Cafu de partidas jogadas, e todo mundo só falava em recorde. Na hora H ninguém marcou o Henry e voltamos para casa mais cedo", disse.

Argentina na briga

Depois da derrota na estreia, contra a Arábia Saudita, a seleção argentina venceu seus dois jogos e garantiu a classificação para as oitavas de final, onde vai encontrar a Austrália. Nas quartas o desafio será contra o vencedor de Holanda e Estados Unidos. Então, nas semi, o Brasil pode aparecer pela frente.

"Esse que é o grande problema para nós brasileiros. Porque acho que o caminho para a semifinal da Argentina está muito interessante", disse. "Agora, o mais interessante é ver como a Argentina se reinventou durante a Copa. Eles chegam com a série invicta, aí perdem e o Scaloni sai a mexer no time. Cinco modificações no segundo jogo, quatro no terceiro e eu acho que ele agora encontrou a formação ideal".

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