Fã de Neymar, astro da Coreia se imaginou na seleção: 'eu e ele no ataque'
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O Brasil encara a Coreia do Sul, amanhã (5), às 16h (de Brasília), pelas oitavas de final da Copa do Mundo do Qatar. A principal ameaça aos brasileiros é o atacante Son Heung-min, grande fã de Neymar. O jogador do Tottenham, da Inglaterra, já até se imaginou jogando com o camisa 10 na seleção brasileira.
Quem contou essa história foi o lateral direito Emerson Royal, companheiro de Son no Tottenham e que ficou fora da lista final de Tite para a Copa do Mundo.
"O Son é zoeira igual a gente. Eu falo para ele que ele é brasileiro. A gente estava no vestiário, e ele: 'e o Ney, ele joga muito, né?'. E eu: 'Neymar é fora do normal'. Aí ele: 'será que ele me conhece?'. Eu falo: 'c...., Son, você é p... também. Lógico que ele te conhece'. Ele: 'imagina se eu fosse brasileiro, eu, ele e mais alguém no ataque. Você jogando na lateral'. Eu falo: 'Son, você é craque, como que o cara não vai te conhecer, tá louco? Pode te admirar assim como você admira ele'", disse Emerson em entrevista ao Podpah, em junho.
Son e Neymar trocaram camisas e elogios após a goleada do Brasil sobre a Coreia em amistoso em junho. Dias antes, o sul-coreano já havia chamado o brasileiro de "melhor jogador do mundo".
O camisa 7 é a grande estrela da Coreia do Sul na Copa do Qatar. No Tottenham desde 2015, ele dividiu a artilheira do último Campeonato Inglês com Salah, do Liverpool. No Qatar, o capitão da seleção asiática ainda não marcou na surpreendente campanha dos sul-coreanos, que se classificaram em segundo no Grupo H com vitória contra Portugal na última rodada. Mesmo sem gols, ele deu a assistência decisiva para o gol da classificação e chorou em entrevista após o jogo.
"Esperei tanto por este momento. Eu sabia que nossos jogadores poderiam fazer isso. Eles jogaram melhor do que eu esperava. Eu era o capitão, mas não joguei tão bem quanto esperava, mas fiquei grato que os outros jogadores cobriram minhas deficiências. Estou muito orgulhoso deles. Acho que os jogadores tiveram energia extra para correr, mas graças ao apoio dos torcedores. Acho que foi por isso que conseguimos jogar bem. Eu gostaria de parabenizar a todos os jogadores, ao invés de mim", disse.
Son quase teve carreira pausada
Há quatro anos, Son quase teve de fazer uma pausa na carreira. Ele deveria cumprir serviço militar obrigatório de dois anos na Coreia do Sul. E nada de dispensa por ser um jogador de futebol de destaque, mas conseguiu se livrar.
A Coreia foi campeã dos Jogos Asiáticos de 2018, na última chance de Son se livrar do serviço militar. Na Coreia do Sul, o alistamento é obrigatório para homens até 28 anos. A única exceção é caso um atleta conquiste uma glória esportiva: a medalha de ouro dos Jogos Asiáticos ou uma medalha qualquer nos Jogos Olímpicos.
Com a vitória nos Jogos Asiáticos, Son e os demais jogadores do elenco da Coreia do Sul ficaram livres da obrigatoriedade do serviço militar de dois anos. O atacante recebeu sua medalha de ouro e pôde retornar para a Inglaterra para seguir sua trajetória no Tottenham. Em 2020, só precisou passar três semanas com o exército sul-coreano.
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