Fracasso de reservas esfria briga por vaga no meio da seleção na Copa
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A falta de produtividade e criatividade do Brasil ao longo da Copa do Mundo trouxe, em alguns momentos, a sensação de que as melhores opções para o meio-campo estavam no banco de reservas. Só que a sensação não se concretizou na vida real.
O fraco desempenho da seleção brasileira contra Camarões, quando a turma que não começou o Mundial como titular teve mais tempo de jogo, foi o responsável pelo choque de realidade. A solução para os problemas imediatos não estava em Fred ou Bruno Guimarães.
A escassez de criatividade ficou ainda mais explícita com a lesão de Neymar. De todos os testes, Rodrygo na função do camisa 10 foi o caso mais interessante, vide a assistência para Casemiro contra a Suíça.
Na meiuca, Paquetá começou a Copa como titular na função de segundo homem do meio-campo. Depois, foi adiantado no segundo jogo com a lesão de Neymar - atuou tão mal que foi sacado no intervalo. No terceiro jogo, ficou no banco porque Tite resolveu rodar o time. E não apareceu quem pudesse gerar uma pressão maior na condição dele de dono da posição.
"A ansiedade que tivemos lá no primeiro jogo, quem entrou agora também sente um jogo de Copa do Mundo. Mas acho que todos estão muito bem preparados para entrar e jogar", ponderou Paquetá, depois da derrota para Camarões.
Esse experimento todo, ao mesmo tempo, deu a titularidade para Fred na segunda partida. Ele saiu na etapa final, quando o Brasil ainda estava travado, sem gols. Contra Camarões, de novo titular, mesmo pendurado. Não engrenou de novo.
Bruno Guimarães, pela temporada que faz no Newcastle, seria o ideal para dar uma cara nova ao meio-campo brasileiro. A primeira chance veio no decorrer da partida contra a Suíça. Sem brilhantismo. Mas o ponto mais baixo realmente foi diante de Camarões.
O repertório negativo de Bruno Guimarães teve, por exemplo, um gol perdido no último lance. Em seguida, tomou um chapéu, fez falta e levou cartão amarelo. No mais, o volante perdeu disputas físicas com camaroneses como Anguissa.
Depois da partida, a saída cabisbaixa pela zona mista do estádio Lusail sintetizava o sentimento de frustração. Bruno usou as redes sociais para se pronunciar após a derrota brasileira e a atuação ruim: "Resiliência e confiança no trabalho e processo. Seguimos".
O reserva que deu conta do recado não atua na função de segundo volante: Fabinho. Só que a disputa direta dele é com Casemiro, incontestável membro da espinha dorsal do Brasil.
Tite vai fechar os detalhes do time titular do Brasil no treino de hoje (4). O jogo contra a Coreia do Sul pelas oitavas de final da Copa do Mundo é amanhã (5), às 16h (de Brasília).
UOL News Copa fala sobre a volta de Neymar aos treinos, as dúvidas na escalação de Tite, os perigos que a Coreia pode oferecer e mais! Confira:
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