Jogo da França com Olivier Anquier tem torcida silenciosa e prato a R$ 70
Classificação e Jogos
Franceses e brasileiros se reuniram no novo espaço do chef Olivier Anquier para a partida entre França e Polônia, que rolou neste domingo (4). O La Plage é um tipo de extensão do restaurante Esther Rooftop, no centro de São Paulo, inaugurado para transmitir jogos do Brasil e da França pela Copa do Qatar. Vai transmitir, no entanto, também as partidas das quartas, semifinais e final.
O ambiente é refinado: para entrar, cada cliente paga R$ 100 —R$ 35 de couvert artístico e R$ 65 de consumação. Com o valor da consuma, dá para tomar um drink — a gin tônica custa R$ 35 — e, ultrapassando R$ 10, mais um. Ou comer uma das entradas do cardápio: as comidas não saem por menos de R$ 64. O prato do chefe, que muda a cada jogo — neste domingo Olivier preparou um arroz de frutos do mar —, sai por R$ 70.
A maior parte dos clientes que assistiam ao confronto contra a Polônia no domingo era de casais formados por franceses e brasileiros. Julian e Viviane, pais de Theo, de três anos, chegaram cedo. Ele é francês e mora no Brasil há 15 anos. Veio para São Paulo a trabalho e conheceu a esposa. Theo, que fala português, francês e inglês, nasceu aqui — mas vestia uma camisa de Kylian Mbappé e gritava 'allez les bleus' durante todo o jogo.
Quando os jogadores franceses começaram a cantar o hino, Julian levantou com Theo e, de São Paulo, cantou também, olhando nos olhos do filho, na tentativa de ensiná-lo mais essa: o hino da França.
"Temos camisas do Brasil e da França, e fui eu quem comprei todas", diz Julien. "Em dias de jogos do Brasil, todos torcemos para o Brasil. Em dias de jogos da França, todos torcemos para a França. Agora, se for Brasil e França, cada um torce para o país em que nasceu. Já combinamos isso. Só que vamos assistir em lugares diferentes, não tem como", ri.
Franceses calmos, brasileiros exagerados
Em entrevista ao UOL, Olivier Anquier diz que existe uma diferença gritante entre os dias de jogos do Brasil e os de jogos da França. Os franceses, tranquilos, assistem aos jogos sentados, saboreando seus quitutes. Os gritos só saem em lances de perigo. Brasileiros são exagerados. Para dias de jogos do Brasil, um DJ cuida da música. As cadeiras viram enfeite. E os gritos são constantes.
Olivier lançou, primeiro, o restaurante Esther Rooftop. O La Plage, que abriga a transmissão dos jogos, veio quase duas décadas depois para se tornar um espaço de eventos.
O cardápio, no entanto, é similar ao que é oferecido no restaurante-mãe. O garçom sugere à reportagem o "De lamber os dedos", torta de cogumelos com massa de croissant (R$ 65). Castanhas e queijo cremoso finalizam o prato. Vale o preço. É, de fato, de lamber os dedos. O segundo quitute recomendado pela casa é um queijo Camembert empanado sobre uma cama de cebolas caramelizadas (R$ 67).
Olivier deixou o salão para botar a mão na massa quando começou o segundo tempo da partida. Arroz de frutos do mar foi o prato escolhido. Mesmo com o braço quebrado, preparou a receita para os torcedores, que desembolsaram R$ 70 pela iguaria. Além das barrigas cheias, os três gols sobre a Polônia completaram o dia.
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