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De susto de Neymar a primeiro lugar na fila: Martinelli cresce na Copa

Gabriel Carneiro, Igor Siqueira, Danilo Lavieri e Pedro Lopes

Do UOL, em Doha (Qatar)

06/12/2022 19h40

Classificação e Jogos

Gabriel Martinelli era uma das últimas apostas de Tite para a seleção brasileira na Copa do Mundo do Qatar. Nada representa melhor essa condição do que o susto de Neymar ao ouvir o nome do atacante na lista de convocados. Quatro jogos depois, ele mostra que pode ser a surpresa do Brasil na competição, furando a fila como a primeira opção do comandante.

O cenário antes do Mundial era justamente o oposto. O atacante não foi nem convocado para os amistosos contra Tunísia e Gana, os dois últimos antes da lista de convocados ao Mundial e, na penúltima reunião do grupo, no tour asiático contra Coreia do Sul e Japão, ele quase não entrou em campo e chegou a ficar fora até do banco de reservas diante dos sul-coreanos.

Gabriel Martinelli em ação pelo Brasil na partida contra Camarões - Adrian DENNIS / AFP - Adrian DENNIS / AFP
Gabriel Martinelli em ação pelo Brasil na partida contra Camarões
Imagem: Adrian DENNIS / AFP

Nessa Copa, o atacante começou a competição como último da fila. Tanto que entrou praticamente para jogar os acréscimos contra a Sérvia e nem enfrentou a Suíça. Ele mudou a sua história no "vestibular" promovido por Tite quando o time já estava classificado e apenas os reservas atuaram contra Camarões.

Apesar da derrota por 1 a 0, Martinelli foi um dos poucos aprovados, ao lado de nomes como Rodrygo e Fabinho. Dono das melhores chances de abrir o placar, ele só não tem mais espaço por competir por posição justamente com um dos melhores do time no Mundial, que é Vini Jr.

Nas oitavas de final, o camisa 26 mostrou que furou a fila, deixando seus companheiros para trás. Apesar da ótima atuação de Vini na partida, ele foi escolhido por Tite para ser o primeiro a entrar entre os atacantes contra a Coreia do Sul.

Se consolidando como uma das boas opções para a seleção brasileira, Martinelli chegou a ser cogitado como reforço da Itália por ter dupla nacionalidade. À época, o técnico da seleção deu chance à revelação do Ituano para mostrar que contava com ele para o futuro e para evitar que o país perdesse um jogador para um rival.