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Mbappé, Zidane, Neymar ou Rivaldo: qual 10 foi mais decisivo em Copa?

08/12/2022 10h38

Classificação e Jogos

A camisa 10 carrega uma grande responsabilidade no futebol. Em uma Copa do Mundo, a história não é diferente, e a história recente trouxe grandes exemplos de jogadores que decidiram usando este número "pesado".

No UOL News Copa, transmitido diariamente a partir das 9 horas (de Brasília), os comentaristas Renato Maurício Prado e Rafael Oliveira foram questionados sobre qual desses camisas 10 de Brasil e França foram mais decisivos em mundiais: Zidane, Rivaldo, Mbappé ou Neymar.

"Até agora o mais decisivo foi o Zidane, mas o Rivaldo pra mim foi monstro. O Rivaldo na Copa de 2002 jogou uma barbaridade. O Mbappé já foi campeão do mundo, foi a revelação, mas não era o único protagonista daquele time da França de 2018. O Zidane foi o grande protagonista do título de 98. E o Rivaldo não foi o único por que teve um Ronaldo também, de forma espetacular", disse RMP.

"De todos os citados o mais fraquinho é o Neymar. Em Copa do Mundo o Neymar ainda não fez a diferença. Nem nesta Copa mesmo. Então, desse quarteto, o Neymar agora está em quarto lugar. Claro que nesses próximos jogos ele pode tornar o Neymar que todos queremos ver e tornar-se no grande protagonista", completou.

"Acho que ser decisivo é diferente de jogar melhor, de ser melhor jogador, e outras coisas. Ser decisivo é ter decidido, e aí acho que o Zidane é quem lidera esse ranking por ter sido decisivo num momento chave como a final de 98. Ou até em outros momentos marcantes, como o Brasil e França de 2006, quando ele também foi decisivo, não pelo gol, mas pelo nível da atuação que teve", disse Rafa Oliveira.

"Acho que o Mbappé é um jogador muito decisivo. Nessa Copa ele está jogando muita bola também, mas acho que o Mbappé de 2018 era mais decisivo do que o melhor jogador. Não acho que ele foi o melhor jogador da França naquela Copa, mas ele chamou muita atenção por ser decisivo em momentos importantes", completou.

CR7 pode antecipar sua aposentadoria da seleção

Colocado no banco de reservas na vitória de Portugal sobre a Suíça, Cristiano Ronaldo pode rever seus planos de defender a seleção de seu país até a Eurocopa de 2024. RMP não acredita que uma insatisfação de CR7 possa mudar algo no ambiente da equipe portuguesa.

"Eu acho que o que tinha que impactar já impactou. O Cristiano deu ao Fernando Santos a chance de barrá-lo. Se ele não tivesse dito aquelas bobajadas todas que disse ao sair, o Fernando Santos teria muita dificuldade em tomar a decisão que tomou. Por que embora ele esteja bem abaixo do que já jogou, não seja mais um jogador que desequilibre, é difícil você barrar o Cristiano, pelo tamanho dele, pela história", disse.

Favoritismo do Brasil

Sobre o duelo de amanhã (9), ao meio dia, entre a seleção brasileira e a Croácia, valendo vaga na semifinal da Copa, Renato Maurício Prado faz uma ressalva, mas vê favoritismo brasileiro.

"Eu acho o Brasil favorito, mas acho um jogo perigoso. Se fosse contra a Croácia de 2018, seria uma pedreira gigantesca. Por que a Croácia foi vice-campeã do mundo jogando muita bola. Mas quatro anos depois eu acho que o Brasil melhorou e a Croácia piorou. Então eu acho que o Brasil tem um favoritismo bem significativo", disse.

Vini Jr. é a revelação da Copa?

A discussão sobre quem pode levar o prêmio de revelação da Copa do Qatar também foi debatida. Enquanto o público do programa vê Vinicius Junior como o merecedor do prêmio, os comentaristas divergiram.

"Acho que seria o Gonçalo Ramos (de Portugal), por que o Vini Jr. não chega como revelação. O Vini Jr. já chega como uma das maiores estrelas do futebol mundial. Ele chega tendo decidido uma Liga dos Campeões, como titular absoluto do Real Madrid", disse RMP.

"Embora também não seja uma novidade, mas acho que se a gente for falar de regularidade em alto nível, o Bellingham (da Inglaterra), se a gente for aliar idade à uma projeção mundial, apesar dele já jogar muita bola há dois anos no Dortmund. Então também não é uma novidade, mas tentando achar um equilibrio entre os critérios para tratar como revelação, eu iria de Bellingham", disse Rafa Oliveira.

Liderança de Neymar

Na entrevista coletiva de ontem, Vinicius Junior falou sobre a idolatria que tem por Neymar desde a infância, podendo agora chamá-lo de colega. O repórter Danilo Lavieri explicou esse papel de líder do camisa 10 do Brasil e sua importância na ligação entre os veteranos e jovens do grupo.

"Ele é o cara que é muito admirado por toda essa geração do Vini, do Antony, desses caras mais novos. E aí ele, no final, funciona quase como um embaixador ali da turma dos mais velhos e dos mais novos", disse Danilo Lavieri.

Tite e o trauma de pênalti

A vaga nas quartas de final pode acabar sendo decidida na disputa de pênaltis. Se essa hipótese já faz muito torcedor tremer, a situação é verdadeiramente traumática para o técnico Tite, que perdeu o Brasileiro de 86 desta forma quando era jogador.

"Independentemente do trauma dele, ele tem que preparar muito bem o Brasil para essa possibilidade. Por que vai existir. A Copa pode ser decidida nos pênaltis. Então ele tem que tratar de esquecer o trauma e treinar muito bem os batedores do Brasil", disse RMP.

Confira o programa na íntegra