Croácia tem escassez de astros em ligas europeias e não se compara a 2018
Classificação e Jogos
Quem espera o Brasil enfrentando uma Croácia recheada de estrelas internacionais, com era o time da Copa do Mundo da Rússia, em 2018, pode estranhar a escalação nas quartas de final do Mundial do Qatar. Não estão mais por lá boa parte dos jogadores dos gigantes europeus, e sobrou um elenco jovem que mistura atletas locais com poucos astros, como Modric.
Do total, o time croata tem sete dos seus 26 jogadores oriundos da liga local croata — são cinco do tradicional Dínamo de Zagreb. Em contrapartida, há seis atletas que atuam nos maiores times da Europa, como Inter de Milão, Tottenham, Bayern Munique e Real Madrid.
É um resultado da renovação necessária quando se aposentaram da seleção jogadores como o meia Rakitic e o atacante Mandzukic. No total, há 18 atletas novos em relação ao time da Copa-2018. O número é inflado, óbvio, pela lista estendida de 26 jogadores.
"Esse é um time nacional novo. São 18 jogadores novos, não posso fazer comparação. Antes, tínhamos um time nacional que jogava 10 anos. Eles jogavam nas melhores ligas, e não é mais o caso. Temos seis jogadores, Modric, Perisic, em grandes times. Não devemos comparar. Esse novo time tem que se provar. Temos jogadores de qualidade. Tínhamos jogadores com mais prestígio", analisou, de forma sincera, o técnico Zlatko Dalic.
O zagueiro Gvardiol, do Leipzig, com sua máscara no rosto, é a grande revelação. Tem apenas 20 anos e já se tornou o líder da defesa mesmo tendo ao seu lado o experiente Lovren —com passagem pelo Liverpool. Grandes times europeus buscam o jovem zagueiro.
O goleiro Livakovic, herói da classificação às quartas, joga no Dínamo de Zagreb, na liga local, ainda longe dos holofotes das principais ligas da Europa.
O meio de campo, ponto-chave do time croata, continua a ter um trio de prestígio em Brozovic, Kovacic e Modric. Os três jogadores atuam em grandes clubes. O primeiro, jogador da Inter de Milão, é o motor do time e recordista de distância percorrida na Copa. O segundo, meia do Chelsea, é a juventude do trio. E Modric, estrela do Real Madrid, obviamente, é a referência técnica da Croácia.
"A responsabilidade pode ser maior. Mas mantenho contato com ele (Rakitic). Mateo (Kovacic) está jogando bem, e está substituindo bem Rakitic. Esse time é bom, talvez não tão bom quanto Rússia. Mas é um time bom", avaliou Modric.
O próprio craque do Real Madrid, aos 37 anos, deve estar disputando sua última Copa do Mundo. Questionado, ele prefere não falar do assunto, diz estar focado neste Mundial. Mas suas declarações sobre aproveitar cada momento e a idade avançar na próxima Copa são indicativos da proximidade do fim.
Por isso, o técnico Dalic poupa seu principal craque. Ele foi tirado do time no primeiro tempo da prorrogação diante do Japão. "Foi uma decisão em conjunto com Modric. Também não podemos perde-lo", explicou ele. O treinador sabe das complicações que enfrentará por enfrentar um Brasil mais descansado depois de jogar 120 minutos, mais pênaltis, para passar das oitavas de final.
Será com esse time misto, entre iniciativas e experientes, entre jovens em busca de glória e consagrados, que tentará o feito épico de bater o Brasil e ir às semifinais.
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