Brasil tem plano para parar Modric e motores da Croácia nas quartas da Copa
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A preparação da seleção brasileira para enfrentar a Croácia tem um foco específico que se destaca: como neutralizar o setor mais forte do time, o meio-campo?
Na entrevista antes do confronto pelas quartas de final da Copa do Mundo, o técnico Tite mencionou a "qualidade técnica muito grande do trio" composto por Luka Modric, Mateo Kovacic e Marcelo Brozovic. Eles são experientes — com 37, 28 e 30 anos, respectivamente —, são consolidados em grandes ligas da Europa e formam a espinha dorsal do próximo adversário do Brasil na Copa do Mundo do Qatar, nesta sexta-feira (9). O jogo pelas quartas de final é no estádio Education City, às 12h (de Brasília).
A comissão técnica da seleção já identificou que a conexão entre os três é muito intensa. Modric, mais talentoso, é a liderança técnica do time. Na estreia dos croatas contra o Marrocos, o link entre Modric e Bozovic foi o mais intenso. Enquanto Modric acionou o companheiro por 18 vezes, recebeu em troca 21 passes.
Contra o Japão, novamente Brozovic foi a maior conexão acionada por Modric. A recíproca foi verdadeira porque o camisa 10 foi o alvo mais frequente de Brozovic na partida, com 19 passes.
A ligação Modric-Brozovic só perde para a linha de passe entre os dois zagueiros centrais, Lovren e Gvardiol. Contra Marrocos, por exemplo, eles trocaram 99 passes entre si, algo natural, porque os defensores iniciam as jogadas e fazem a bola circular em uma área de menos pressão.
A comissão técnica do Brasil entende que precisa interromper a linha de passe para não deixar as rédeas da partida com os croatas. Intensificar a pressão sem a bola é o primeiro caminho.
"Nossa forma de dar ritmo não é só com a posse, fazendo a bola circular mais rápido e verticalizar. É também na agressividade de marcação. Independentemente de ser experiente, a gente tem que manter nosso jogo. A gente sabe como eles funcionam, a gente vai manter o nosso jogo", comentou Cleber Xavier, um dos auxiliares da seleção brasileira.
Nesse contexto, o conceito chamado de 'Rec 5' ganha relevância. É como Tite chama os "cinco segundos de caos" nos quais a seleção brasileira tenta recuperar a posse no campo ofensivo.
Isso ajuda a explicar o motivo de Raphinha ser o segundo melhor no quesito desarmes do Brasil nesta Copa, segundo números da plataforma Footstats: são sete botes certos. Mas o líder nesse fundamento é um conhecido de Modric: Casemiro. O volante do Brasil tem nove bolas roubadas ao longo do Mundial.
O camisa 5 já disse durante esta Copa que Modric, ao lado de Toni Kroos, faz parte da melhor formação de meio-campo da qual fez parte. O casamento no Real Madrid rendeu, por exemplo, cinco títulos de Liga dos Campeões.
Um sabe os segredos do outro. Essa premissa é verdadeira também do ponto de vista de Modric, que atua com Vini Jr e Rodrygo no time espanhol. A questão é quem coletivamente vai conseguir sucesso na estratégia proposta para esse mata-mata.
"A Croácia marcou cinco gols e sofreu só dois até agora. Chegou a uma final de Copa [em 2018, na Rússia] e teve três participações em quartas de final. Tem jogadores do calibre do Modric. Kovacic, Perisic e Brozovic, habituados a grandes decisões. Já joguei no mesmo time e contra. São jogadores habituados a grandes jogos, vai demandar o máximo do nosso empenho e concentração. O adversário vai bater de frente conosco de todas as maneiras", prevê o lateral direito Danilo.
O UOL News Copa desta traz detalhes sobre Brasil x Croácia, a escalação da Seleção, a atuação de Ronaldo Fenômeno nos bastidores, Argentina x Holanda e mais! Confira:
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