Copa: Seleção tentou corrigir erros de 18 e ajustar rota, mas não adiantou
Classificação e Jogos
A campanha da seleção brasileira na Copa da Rússia, em 2018, terminou com a derrota para a Bélgica nas quartas de final. Do trauma vieram críticas, e erros foram apontados internamente e externamente. Desde o início da campanha de 2022, no Qatar, a seleção brasileira sinalizou que havia absorvido algumas críticas, e fez ajustes de rota: muita coisa foi diferente do que aconteceu há quatro. De nada adiantou.
Nesta sexta-feira (9), o Brasil se despediu do Mundial do Qatar também nas quartas de final, e novamente diante de um adversário sem um título mundial em sua história, a Croácia. Todos os ajustes feitos ao longo da preparação e da competição foram em vão - o Brasil foi derrotado na disputa de pênaltis.
A gestão de lesões da seleção foi precisa
Um dos maiores problemas na campanha de 2018 foi a gestão de lesões. Renato Augusto, peça importante do time de Tite, sofreu uma sobrecarga muscular durante os treinamentos da seleção, e acabou ficando fora de grande parte daquela campanha. Com Fred, o caso foi mais grave: o volante se lesionou antes do Mundial, foi mantido no grupo, mas nunca se recuperou. Acabou sendo um homem a menos.
Em 2022, a seleção sofreu com lesões, mas foi rápida e eficiente nas decisões. Danilo, Alex Sandro e Neymar se machucaram nos primeiros dois jogos, mas a equipe médica diagnosticou que havia tempo para a recuperação. Os três voltaram a campo. Já Gabriel Jesus e Alex Telles, que sofreram lesões mais sérias, foram cortados do grupo. O atacante, inclusive, já foi submetido a cirurgia no joelho direito.
Tite deixou de se apegar aos titulares e mexeu no time
Outro ponto de críticas na Rússia foi o apego de Tite às suas convicções e ao time titular que iniciou aquela Copa. William, Paulinho e Gabriel Jesus, que tiveram muitas dificuldades no Mundial, foram os principais alvos. O treinador só fez ajustes na equipe em virtude de lesões, e manteve-se fiel às suas escolhas até a eliminação.
No Qatar, Tite mudou bastante a postura, a começar pela estreia, optando por um time que nunca havia iniciado uma partida junto, com Neymar e Paquetá juntos no meio de campo e Vinicius Jr como titular no ataque. Ao longo dos jogos, fez muitas mudanças, e todos os 26 jogadores chegaram a ter no mínimo alguns minutos no gramado.
A atenção com a bola parada
Desde 1998, todas as eliminações do Brasil em Copas passaram por alguma falha na defesa de bola parada. Foi o caso em 2018, quando Fernandinho abriu o placar com um gol contra, aos 13 minutos de jogo. A escrita foi quebrada em 2022: o Brasil foi sólido na defesa das bolas paradas, algo exaustivamente treinado por Tite, e não sofreu nenhum gol no Mundial dessa maneira.
Famílias ficaram próximas, mas seleção manteve ambiente calmo
A presença constante de familiares no entorno da seleção, hospedados no mesmo hotel, foi mais um dos pontos que renderam críticas à seleção em 2018. No Qatar, a opção foi por manter certa convivência com os familiares, mas também cuidar para que o ambiente fosse mais tranquilo no dia a dia.
As famílias não ficaram no hotel da seleção, e sim em locais próprios espalhados por Doha, capital do país no Oriente Médio. Houve janelas, principalmente depois dos jogos, para jantares e encontros familiares.
No fim das contas, os ajustes foram insuficientes - o resultado, praticamente o mesmo. É a quarta eliminação da seleção brasileira nas quartas de final nas últimas cinco Copas. Na única vez desde 2002 que chegou as semifinais, veio o 7 a 1 diante da Alemanha, em 2014.
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